Friday, May 29, 2009

Indagações...


Por vezes indago-me…

Acerca do porquê de certos e determinados acontecimentos, de certas e determinadas coisas. Não que isso os torne automaticamente mais nítidos, mais perceptíveis, mais aceitáveis. Mas o esforço desenvolvido aquando dessa indagação tem o seu quê de libertador, de apaziguador, de retemperador…

Por vezes indago-me…

E não raras vezes dou comigo a indagar sobre algo que, outrora, definira com “não-indagável”. Bem sei que tudo (ou quase tudo) é passível de ser pensado, analisado, indagado, etc., mas também sei que nem sempre ousamos fazê-lo. Quiçá com medo de algo. Quiçá com medo de alguém. Quiçá com medo de nós próprios…

Por vezes indago-me…

Assim, do nada, de livre e espontânea vontade. No meio de tudo e no meio do nada. Por tudo e por nada. Umas vezes sem razão aparente e outras vezes aparentemente sem razão…

Por vezes indago-me…

Procedo, dessa forma, a um dos processos mais complexos e extenuantes do ser humano, mas, e ao mesmo tempo, a um dos mais reveladores quanto ao carácter do Homem. Talvez por isso indague cada vez mais. Acerca de mim, acerca do Mundo, acerca da Vida. O que, e curiosamente, não me deixa mais esclarecido, mais descansado ou mais ciente do que se passa à minha volta…

Mas, e disso não tenho a mais pequena dúvida, deixa-me mais preparado. Para a vida, para o mundo. Para a certeza mais do que certa de toda a incerteza certamente presente no futuro que me aguarda, que me foge, que me persegue, que se afasta, que se esconde, que se dá a conhecer…

Por vezes indago-me…

E dou comigo a escrever textos como este, em que pareço não falar de nada (e às tantas até nem falo), mas em que até disserto qualquer coisa sobre o que, para muitos, é senso comum, mas que na verdade é uma espécie de Caixa de Pandora…

Por vezes indago-me…

Como agora…Como ontem…Como hoje…E, espero eu, como amanhã…

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