Sunday, June 29, 2008

Sentir...


Se estiveres por aí…

Tenho tentado levar isto por diante, seguir o meu rumo, traçar o meu caminho sempre na esperança de que, um dia, as minhas próprias forças possam ser suficientes para que eu possa ser auto-suficiente. Pura ilusão…

Tal, hoje sei-o com toda a clareza, não é possível. Não é porque, um dia, ousei desafiar as leis e procurei amar. Amar a vida, amar o Sol, amar a Lua, amar as mulheres…amar uma mulher. E perdi-me neste amor…

Perdi-me, apesar de me ter reencontrado com o meu verdadeiro eu, com as minhas verdadeiras raízes e essências. Perdi-me plenamente consciente de que nessa perdição encontraria o rumo certo, o trilho indicado e a rota segura para um caminho que sabia vir a ser inseguro – o caminho do amor…

Por ter amado, e por querer amar ainda, baixei as minhas defesas e libertei-me das amarras que me prendiam ao ser que eu era. Deixei-me levar pelas ondas sempre incertas, mas totalmente arrebatadoras e igualmente magníficas deste sentimento que, de tão nobre, fez-me sentir nobre e plebeu ao mesmo tempo…

Hoje, e perante as cambalhotas da vida, sei perfeitamente bem o que sou. Sei o que quero, como quero e porque quero. Sei que quero querer arriscar, mas não sei se ouso ousar esse risco. Sei que as cicatrizes que trago no corpo são as medalhas das batalhas que batalhei e sei que há espaço para mais medalhas ainda, mas…

Mas nada…afinal, sei o que quero. Sei-o perfeitamente bem. Sei que vale a pena, sei que valho a pena e sei que valerá sempre a pena…

Porém, preciso de algo. Sinto que preciso de algo…Preciso de sentir…

Por isso, e se estiveres por aí, sejas tu quem fores ou com que direitos te achares (ainda que saiba não haver muita gente a achar-se no direito de…), preciso que me faças um favor: não quero nem preciso que me faças sentir especial, feliz, importante, amado, valorizado, whatever. Amar-te dá-me, já, tudo isso. Não é isso que preciso…

Não preciso que faças as coisas certas para que eu possa sorrir nem que evites as coisas erradas para que não chore. Não preciso que faças nada mais para além daquilo que julgo ser essencial…

Como tal, e por considerar isto essencial, peço-te: preciso apenas que me faças…sentir…

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