Fallen Angel...
Sim, sou um anjo caído. Um anjo cuja passado permanece esquecido na memória infinita da vida que tem fim. Um anjo alado que voa sem destino, por vezes lutando como um homem, outras vezes chorando como um menino. Um anjo cuja harpa há muito que não emite um som e que por isso mesmo sente esvair o seu dom…
Sim, sou um anjo caído. Um anjo que outrora nunca fora como antes, mas que agora deseja ser apenas e só o que é sem nunca ter sido, ainda que se sinta achado sem nunca se ter sequer perdido…
Sim, sou um anjo. Um anjo que paira, que vagueia e que deambula. Um anjo que suspira noite dentro quando a inspiração é nula e mais não sabe nem consegue balbuciar do que uma ou duas rimas de encantar, de rir e de chorar…
Sim, sou um anjo caído. Caído de um templo sem deuses nem deusas. Caído de um Olimpo que se apoderou das minhas defesas, deixando-me exposto e à mercê do que entretanto viesse, pouco importando o que se dissesse, pensasse ou fizesse…
Sim, sou um anjo caído. Um anjo de olhar distante, coração quente e alma navegante. Um anjo que no beijo transporta a ternura, tal como na voz transporta a candura. A candura de quem ouve, escuta, cala e sente mais do que um milhão de vozes, mais do que muita, muita gente…
Sim, sou um anjo caído. Um anjo errante que acerta a cada instante. Um anjo que pena, se exaspera e desespera na longa ânsia de saber que a sua eternidade é mais eterna e real do que a dos outros…apenas e só porque tal é possível…
Sim, sou, de facto, um anjo caído. Dos céus vim e um dia, quem sabe, talvez lá acabe por voltar. Mas até lá a minha vida é aqui. E é a isso que tenho de me habituar…
Por isso, sempre que acordo e me olho ao espelho e me sinto perdido…sorrio e digo para mim mesmo: “Não vale a pena…és mesmo um anjo caído…”
Sim, sou um anjo caído. Um anjo que outrora nunca fora como antes, mas que agora deseja ser apenas e só o que é sem nunca ter sido, ainda que se sinta achado sem nunca se ter sequer perdido…
Sim, sou um anjo. Um anjo que paira, que vagueia e que deambula. Um anjo que suspira noite dentro quando a inspiração é nula e mais não sabe nem consegue balbuciar do que uma ou duas rimas de encantar, de rir e de chorar…
Sim, sou um anjo caído. Caído de um templo sem deuses nem deusas. Caído de um Olimpo que se apoderou das minhas defesas, deixando-me exposto e à mercê do que entretanto viesse, pouco importando o que se dissesse, pensasse ou fizesse…
Sim, sou um anjo caído. Um anjo de olhar distante, coração quente e alma navegante. Um anjo que no beijo transporta a ternura, tal como na voz transporta a candura. A candura de quem ouve, escuta, cala e sente mais do que um milhão de vozes, mais do que muita, muita gente…
Sim, sou um anjo caído. Um anjo errante que acerta a cada instante. Um anjo que pena, se exaspera e desespera na longa ânsia de saber que a sua eternidade é mais eterna e real do que a dos outros…apenas e só porque tal é possível…
Sim, sou, de facto, um anjo caído. Dos céus vim e um dia, quem sabe, talvez lá acabe por voltar. Mas até lá a minha vida é aqui. E é a isso que tenho de me habituar…
Por isso, sempre que acordo e me olho ao espelho e me sinto perdido…sorrio e digo para mim mesmo: “Não vale a pena…és mesmo um anjo caído…”
1 Comments:
Quando for grande quero poder e conseguir escrever como tu.
Parabéns!!!
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