Saturday, February 26, 2011

Dois anos depois...

Dois anos depois...Como o tempo passa...Não é Mãe?

Faz hoje dois anos que Deus decidiu que já tinhas completado a tua tarefa aqui na Terra e chamou-te para junto Dele. E é lá de cima que me vês e tens visto desde então. Sem contar com os momentos em que te sinto por aqui, próxima a mim, perto de mim, como sempre fizeste ao longo de 27 anos...

Apesar de ter feito o possível e o impossível para estar bem hoje, tenho que admitir que não foi fácil. Mas teve de ser. O que me vale é a Marcinha...Está tão linda a tua neta...Mas isso tu sabes, né?

Passados estes dois anos surpreende-me o facto de estar como estou. Durante algum tempo julguei não ser capaz de aguentar a tua ausência, não ser capaz de enfrentar este mundo sem ti. Tu sabes e Deus também sabe o quanto me custou sair do "buraco". Ambos sabem que não foi fácil e que não fossem os amigos e a ajuda divina talvez o meu destino tivesse sido outro e a minha vida não estivesse tão boa como está...

Mas felizmente consegui, aos poucos, reerguer-me e reiventar-me, Mãe. Prometi honrar-te e é isso que tenho procurado fazer. Prometi nunca deixar de pensar em ti e é isso que faço todos os dias. Prometi jamais esquecer o teu rosto e é isso que tem acontecido. Ainda para mais com a Marcinha na minha vida...

Tudo é tão suportável com ela na minha vida, Mãe. Tal como era quando estavas fisicamente comigo. Tudo é tão banal quando ela sorri para mim e me dá mimos, tal como era quando tu o fazias. Tudo faz tanto sentido...

E sentido foi o que mais precisei de reaver depois da tua partida, Mãe. Felizmente Deus tirou-me um anjo, mas enviou um pequeno anjo no seu lugar. Não para o substituir, mas para continuar a fazer o seu trabalho: fazer-me feliz...

Tenho sido feliz, Mãe. Graças a Deus, à família, aos amigos, e às mulheres da minha vida: a Diana e a Márcia. Sem elas eu pura e simplismente não existiria. Não, não é exagero. São elas que me completam, que me ajudam a crescer, que me corrigem, que me apoiam, que me fazem rir e sorrir, que me fazem amar, que me amam sem pedir nada em troca, enfim, são tudo o que poderia desejar e mais ainda...

Mas ainda assim custa, Mãe. Custa não te ter aqui, fisicamente presente, ao meu lado. Custa-me tanto que por vezes nem sei como consigo guardar isto para mim. Custa-me imenso mesmo...

Dois anos depois estou vivo, tenho saúde, família, amigos e uma mulher e uma filha lindíssimas. Estou bem, eu sei. E não me estou aqui a queixar, Mãe. Estou apenas a dizer que sinto muito a tua falta, que sinto falta das tuas palavras, de ouvir a tua voz, de me rir só de ouvir as tuas gargalhadas, de procurar entender porque sempre fizeste o bem para quem te quis mal...Sinto falta de ti, Mãe, só isso...

Sei que um dia voltaremos a estar juntos e voltaremos a ser uma família unida e feliz. Até lá prometo continuar a honrar-te e fazer tudo para que possas te orgulhar de mim. Só te peço uma coisa: continua a olhar por nós e ajuda-me a ser um décimo de pai do que tu foste de mãe para mim. Pois se assim for a Márcia vai ter o segundo melhor pai da História, logo a seguir ao meu...

Te amo demais, Mãe...

Beijo

1 Comments:

Blogger Rhayssa Lima said...

que post lindo, me fez lembrar de minha mãe tbm, que se foi no começo do ano, sempre escrevo alguma coisa sobre isso, se depois quiser ler um dos meus posts....

3:02 AM  

Post a Comment

<< Home