Diálogo à chuva...
Enquanto a chuva cai lá fora, o meu pensamento ruma longe, não me deixando antever o que vejo agora. Apenas sei que não me detenho aqui, ao colo desta cadeira que me embala num misto de conforto e inquietação. Creio que ambos seguem juntos, de mãos dadas, rumo ao local onde vagueia a minha mente, deixando-me, por isso mesmo, entregue a mim mesmo, sozinho e ausente…
No local onde me encontro as paredes falam. Os móveis falam. As luzes comunicam. Não há cá mais ninguém, mas o diálogo acontece na mesma. Todos falam de algo diferente, mas todos têm o mesmo assunto em comum. E apesar de me saber ausente, sei que respondo a todos e a mais algum. Sei que conversas surgem, porque surgem e como se concluem. Sei que ideias e imagens aparecem e depois se diluem. Sei, a sério que sei…
Só não sei porque querem tanto eles falar. Aliás, sei, mas não percebo. Não percebo qual a utilidade de diálogos que só contribuem para a minha cada vez maior insanidade. Não entendo a razão que os leva a falar comigo precisamente nesta altura em que não estou totalmente comigo. Mas sei que respeito as suas palavras, sei que compreendo as suas motivações. Mas questiono o timing, a escolha da altura para se fazerem ouvir…
Dizem que me querem ver a sorrir. Respondo que o tempo lá fora está cinzento, nublado e chuvoso. Que quando assim é não consigo sentir qualquer vontade de rir, sorrir ou de gozo. Que, com tantas nuvens no céu, me custa para ele olhar e um raio de sol procurar. Não sejas assim, reage. É por isso que aqui estamos, para te lembrar que todos estamos onde não estamos e todos encontramos o que não procuramos, dizem eles. Olha para nós e sorri. Fala connosco e sorri. Pensa que estás aqui mesmo não estando. Pensa que estás sozinho, mas que nós te estamos acompanhando…
Mas porquê, indago eu. Porquê essa presença ausente, porquê conversar com pessoas que não são gente? É simples, respondem todos em uníssono. Estamos aqui não para que sorrias, mas sim para que te lembres que assim poderão ser os teus dias: nublados, chuvosos e cinzentos. E que mesmo assim a ti te cabe remar contra todas as marés e todos os ventos. Cabe-te a ti passar por todos estes momentos sem que receies falar e questionar os teus sentimentos…
É por isso que estamos aqui. Para que saibas que a Felicidade que procuras está em ti. Mesmo que precises de parcerias. Os raios de sol que queres ver estão em ti. E ainda que as nuvens estejam carregadas de um negrume ameaçador, não temas. O sol está aqui mesmo, nas paredes, nos móveis, nas luzes, ao teu redor…
É por isso que contigo falamos, mesmo que te tenhas ausentado. Queremos que saibas que não deves esmorecer. Hoje estás sozinho, mas em ti mesmo surges acompanhado. De tudo e de nada. Mas estás. Se te sentes só a culpa é tua. Porque ao quereres buscar os raios de sol, esqueceste a beleza do sorriso que te oferece a lua…
É para isso que tanto contigo falamos. Para que saibas que as nuvens podem demorar a passar. Talvez até se façam estar presente durante anos e anos e anos. Mas isso, a ti, pouco te deverá importar. Porque tudo isso é e será de ultrapassar. Apenas tens que ouvir o canto dos pássaros, ler nas entrelinhas das folhas das árvores e entender as ondas do mar. Apenas tens que perceber que não há bela sem senão e que o sol da tua vida está à espreita, estando apenas e só à espera que um dia passe a monção…
Por isso, não te incomodes se te falamos muito ou pouco. Não te chateies se te sentes louco. Livre e insano, assim te queremos. Para que cada vez mais seja menos preciso aparecermos. Para que cada vez mais seja menos preciso a nossa companhia…
Porque estaremos todos acompanhados a dada altura. E tu, estarás junto de ti e da tua inspiração. A mesma que te faz pensar em tanta loucura, a mesma que a nós nos juntou um dia…
No local onde me encontro as paredes falam. Os móveis falam. As luzes comunicam. Não há cá mais ninguém, mas o diálogo acontece na mesma. Todos falam de algo diferente, mas todos têm o mesmo assunto em comum. E apesar de me saber ausente, sei que respondo a todos e a mais algum. Sei que conversas surgem, porque surgem e como se concluem. Sei que ideias e imagens aparecem e depois se diluem. Sei, a sério que sei…
Só não sei porque querem tanto eles falar. Aliás, sei, mas não percebo. Não percebo qual a utilidade de diálogos que só contribuem para a minha cada vez maior insanidade. Não entendo a razão que os leva a falar comigo precisamente nesta altura em que não estou totalmente comigo. Mas sei que respeito as suas palavras, sei que compreendo as suas motivações. Mas questiono o timing, a escolha da altura para se fazerem ouvir…
Dizem que me querem ver a sorrir. Respondo que o tempo lá fora está cinzento, nublado e chuvoso. Que quando assim é não consigo sentir qualquer vontade de rir, sorrir ou de gozo. Que, com tantas nuvens no céu, me custa para ele olhar e um raio de sol procurar. Não sejas assim, reage. É por isso que aqui estamos, para te lembrar que todos estamos onde não estamos e todos encontramos o que não procuramos, dizem eles. Olha para nós e sorri. Fala connosco e sorri. Pensa que estás aqui mesmo não estando. Pensa que estás sozinho, mas que nós te estamos acompanhando…
Mas porquê, indago eu. Porquê essa presença ausente, porquê conversar com pessoas que não são gente? É simples, respondem todos em uníssono. Estamos aqui não para que sorrias, mas sim para que te lembres que assim poderão ser os teus dias: nublados, chuvosos e cinzentos. E que mesmo assim a ti te cabe remar contra todas as marés e todos os ventos. Cabe-te a ti passar por todos estes momentos sem que receies falar e questionar os teus sentimentos…
É por isso que estamos aqui. Para que saibas que a Felicidade que procuras está em ti. Mesmo que precises de parcerias. Os raios de sol que queres ver estão em ti. E ainda que as nuvens estejam carregadas de um negrume ameaçador, não temas. O sol está aqui mesmo, nas paredes, nos móveis, nas luzes, ao teu redor…
É por isso que contigo falamos, mesmo que te tenhas ausentado. Queremos que saibas que não deves esmorecer. Hoje estás sozinho, mas em ti mesmo surges acompanhado. De tudo e de nada. Mas estás. Se te sentes só a culpa é tua. Porque ao quereres buscar os raios de sol, esqueceste a beleza do sorriso que te oferece a lua…
É para isso que tanto contigo falamos. Para que saibas que as nuvens podem demorar a passar. Talvez até se façam estar presente durante anos e anos e anos. Mas isso, a ti, pouco te deverá importar. Porque tudo isso é e será de ultrapassar. Apenas tens que ouvir o canto dos pássaros, ler nas entrelinhas das folhas das árvores e entender as ondas do mar. Apenas tens que perceber que não há bela sem senão e que o sol da tua vida está à espreita, estando apenas e só à espera que um dia passe a monção…
Por isso, não te incomodes se te falamos muito ou pouco. Não te chateies se te sentes louco. Livre e insano, assim te queremos. Para que cada vez mais seja menos preciso aparecermos. Para que cada vez mais seja menos preciso a nossa companhia…
Porque estaremos todos acompanhados a dada altura. E tu, estarás junto de ti e da tua inspiração. A mesma que te faz pensar em tanta loucura, a mesma que a nós nos juntou um dia…
1 Comments:
Não tenho a presunção de achar que o meu texto tem o nívl destes ... mas engraçado que também escrevi inspirada pela chuva :)
Beijinho, gostei mt do texto ;p
Post a Comment
<< Home