Viajante...
Vejo o caminho que estou a trilhar. Algures no passado palmilhei estes mesmos quilómetros, percorri estas mesmas montanhas e desaguei neste mesmo mar. Na altura a juventude e a irreverência ajudaram-me a suplantar as dificuldades, a aliviar a dor de cada queda, de cada arranhão, de cada cicatriz. Vivia então da ânsia de conhecer o desconhecido, do prazer de procurar sensações extra-sensoriais…
Ao longo de várias estações fui nómada de um mundo que era meu, que me estava destinado e que fui conquistando com cada vez mais à-vontade. Porém um dia senti que devia parar, olhar para trás e analisar todo o percurso entretanto efectuado. Nesse instante parei. Era preciso. Foi necessário…
Hoje, e volvidos alguns anos, ouço um novo chamamento, um novo apelo. No fundo, é o “mesmo” apelo do passado, ainda que em circunstâncias diferentes e por vias distintas. E ainda que os traçados se tenham alterado, ainda que a morfologia dos terrenos seja outra, sei que os caminhos são os mesmos. Sinto-o…
Talvez fosse prudente ser prudente (passe a redundância) e devesse parar e procurar outros caminhos. Talvez pudesse criar novas rotas neste mapa de conjecturas que presencio presentemente. Talvez…mas a verdade é que não há como fugir ao que vejo. A única alternativa ao passo em frente é parar…e parar é morrer…
Como tal, e munido das armas com que sempre me muni ao longo da vida, seguirei em frente e embrenhar-me-ei na vasta e densa floresta que aguarda pela minha chegada. Não sei se para uma recepção calorosa e amigável ou se para me levar ao desaparecimento, mas sei que está à minha espera…
Levo comigo a vontade de outrora aliada a algo muito importante nesta fase: a experiência…
Tudo isto porque não importa o que está para lá da floresta. Não importa a meta. Talvez nem exista uma. Importa sim a viagem, o trajecto, os sentimentos e as sensações que eu possa experienciar e reter. Sejam eles conhecidos ou desconhecidos…
E se há uns anos atrás eu era nómada, hoje não me posso considerar como tal. Afinal mudei. E ainda bem. Hoje sou mais, muito mais do que isso. Hoje sou um viajante…
Viajarei então…
Ao longo de várias estações fui nómada de um mundo que era meu, que me estava destinado e que fui conquistando com cada vez mais à-vontade. Porém um dia senti que devia parar, olhar para trás e analisar todo o percurso entretanto efectuado. Nesse instante parei. Era preciso. Foi necessário…
Hoje, e volvidos alguns anos, ouço um novo chamamento, um novo apelo. No fundo, é o “mesmo” apelo do passado, ainda que em circunstâncias diferentes e por vias distintas. E ainda que os traçados se tenham alterado, ainda que a morfologia dos terrenos seja outra, sei que os caminhos são os mesmos. Sinto-o…
Talvez fosse prudente ser prudente (passe a redundância) e devesse parar e procurar outros caminhos. Talvez pudesse criar novas rotas neste mapa de conjecturas que presencio presentemente. Talvez…mas a verdade é que não há como fugir ao que vejo. A única alternativa ao passo em frente é parar…e parar é morrer…
Como tal, e munido das armas com que sempre me muni ao longo da vida, seguirei em frente e embrenhar-me-ei na vasta e densa floresta que aguarda pela minha chegada. Não sei se para uma recepção calorosa e amigável ou se para me levar ao desaparecimento, mas sei que está à minha espera…
Levo comigo a vontade de outrora aliada a algo muito importante nesta fase: a experiência…
Tudo isto porque não importa o que está para lá da floresta. Não importa a meta. Talvez nem exista uma. Importa sim a viagem, o trajecto, os sentimentos e as sensações que eu possa experienciar e reter. Sejam eles conhecidos ou desconhecidos…
E se há uns anos atrás eu era nómada, hoje não me posso considerar como tal. Afinal mudei. E ainda bem. Hoje sou mais, muito mais do que isso. Hoje sou um viajante…
Viajarei então…
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