Tuesday, December 05, 2006

Real Tertúlia Bubones...


E o que é a Real Tertúlia Bubones (RTB)? Uma comissão de praxe? Um bando de doutores que gostam de se meter nos copos? Uma cambada de desocupados com gosto pela praxe? Para muitos sim, a RTB é apenas isso. Mas esses deixam-se toldar pela inveja e pela vontade de serem algo que nunca serão: membros da RTB. Porque não compreendem o que é a RTB. Porque não percebem a sua utilidade e não a reconhecem como elemento fulcral na integração dos novos alunos da ESEC.

E para aqueles que poderão ler este texto e retaliar com algo do género "Ah. mas se calhar quem estã na RTB também não sabe o que é realmente a RTB...". Talvez...Há que aceitar essas reacções e perceber o porquê delas. Seja como for, arriscar-me-ei a avançar com algo que pode muito bem vir a ser uma boa definição da RTB. Não quero ser pretensioso nem presunçoso ao ponto de afirmar que estarei certo no texto que publicarei mais adiante, mas ao fim de sete anos de RTB ao peito (como se diz na gíria futebolística) julgo saber o que se passa.

O texto que se segue é da minha inteira responsabilidade e da minha autoria. Caso surjam dúvidas, perguntem ao Herk e ao Cavaca, os únicos membros da RTB que tiveram conhecimento deste texto.

Assim sendo, aqui fica o texto:

"E a RTB é...


Prestes a comemorar o seu 13º aniversário, a Real Tertúlia Bubones é, para mim, um caso flagrante de sucesso. Começou com um grupo de amigos; continuou com esse mesmo espírito de amizade, e conseguiu a proeza de atingir 13 anos. 13 anos de alegrias, tristezas, apostas ganhas e apostas perdidas. Mas acima de tudo, e tendo em conta testemunhos de tertulianos mais velhos e a minha vivência dentro e fora deste grupo, penso que foram 13 anos de afirmação.

Afirmação essa que se encontra à vista de tudo e de todos. Hoje em dia a Real Tertúlia Bubones é respeitada, invejada e cobiçada. Eis um dos motivos, na minha opinião, do sucesso e da afirmação da Tertúlia.

O outro motivo é mais complexo. E a sua complexidade advém da beleza e da diversidade do carácter humano. Senão vejamos: a base inicial da Tertúlia foi a amizade e o prazer de conviver; a isso juntou-se o gosto pela praxe (que serviu de elo de ligação e de aproximação da Tertúlia à ESEC); depois vieram tempos mais tempestuosos, e que felizmente foram ultrapassados, trazendo-nos para este presente tão incerto quanto o início da Tertúlia.

Incerto…porque o futuro a Deus pertence. Mas cá dentro sei que o futuro está assegurado. E essa certeza vem desta leitura simples e concreta: a Tertúlia poderia ser apenas um grupo de amigos; a Tertúlia poderia ser apenas um grupo; contudo a Tertúlia não teria futuro se não houvesse gente que a sentisse, ainda que de maneiras diferentes, mas que a sentisse.

Todos nós sabemos que este assunto do “sentir a Tertúlia” é subjectivo. Mas mesmo assim atrevo-me a tentar torná-lo mais objectivo: para mim, sentir a Tertúlia não é procurar protagonismo nem é aparecer só quando nos apetece, é estar presente quando se é preciso. Sentir a Tertúlia não é ter “espírito para a coisa”, mas sim saber qual “o espírito da coisa”. Sentir a Tertúlia é ter prazer no acto praxístico, quer sejamos caloiros, quer sejamos doutores. Sentir a Tertúlia não é estar na moda (ser fashion), porque a moda é efémera e os sentimentos não o são. Sentir a Tertúlia não é afirmarmo-nos dentro dela…é afirmá-la dentro de nós".

Espero que percebam...

Morrer à beira-mar...


Todos nós já passámos por isso: lutamos, batalhamos, caimos, levantamos e quando estamos mesmo à beirinha do objectivo final, PUM, algo nos derruba e nos impede de atingir o tal fim desejado. Seja em que circunstância for, penso que todos já tivemos uma ou mais experiências deste género.

E isto vem à baila a propósito da minha mais do que provável incapacidade para vencer a Estatística e passar para o 4º ano do curso e tornar-me finalista. Logo à tarde irei defrontar o último obstáculo que me separa do meu objectivo de terminar o curso em 2007. E o pior é que não me sinto nada preparado. Seja como for, hei-de me apresentar à Professora às 18 horas, na sala 1 da ESEC para o tira-teimas final. E que seja o que Deus quiser.

Mas há-de ficar para sempre no ar a mágoa por ter batalhado tanto para ultrapassar a famosíssima Mrs D.C. e agora baquear perante números e percentagens. É a vida, não? Talvez, mas custa muito mais quando se morre a beira-mar...