Thursday, November 29, 2007

Back to soccer...


Aproveitando esta minha pausa para assuntos mais filosóficos, apenas quero anunciar que estou de regresso ao futebol.


É verdade...eis que o "Mago" regressa aos pelados e relvados da Divisão de Honra de Coimbra. E tudo graças ao Ançã Futebol Clube, agremiação histórica da AFCoimbra.


Espero poder retribuir toda a confiança depositada em mim e que o clube comece rapidamente a "trepar" na tabela classificativa =)


Tuesday, November 20, 2007

Os Ocasos do Amor (ou os Acasos do Amor, como preferirem)...

É curioso como cada vez mais constato que toda a Humanidade parece andar à procura do mesmo. Falo, como não poderia deixar de ser, do Amor...

Não irei aqui definir o que é o Amor, nem me sinto no direito de o fazer...Mas sinto que devo explicitar casos que são do meu conhecimento, casos de pessoas normais e que acabam de ser "vítimas" de situações menos afortunadas em termos amorosos.

Há dias falava com um amigo meu e, do nada, começámos a estabelecer um paralelismo entre a vida e o amor e o amor e a vida. Chegámos à conclusão de que o amor é mesmo um dos motores desta vida. Pena é que nem sempre saibamos como jogar o jogo do amor. E se acham que não existe tal coisa, meus amigos acreditem que existe. Até porque todos queremos ganhar sempre algo. Até mesmo no amor: queremos ganhar a atenção de alguém, o olhar de alguém, o toque de alguém, o abraço ou o beijo de alguém...Todos sentimos a dupla necessidade da conquista: conquistar e ser conquistado. Todos, sem excepção...

Esse mesmo amigo é daquelas pessoas que vive e respira amor. Mesmo quando se diz afastado de tais coisas. Tudo nele aponta para a busca incessante do tesouro perdido já encontrado, mas que agora se encontra novamente à monte. Tudo nele demonstra que o amor que ele teve ainda está com ele e que, para ele, a perda irreparável é apenas um de muitos finais possíveis nas histórias presentes na Grande História do Amor. Hoje ele luta e batalha por algo que não tem ainda. Hoje ele luta e "sacrifica" as suas horas de sono em busca do segredo de quem ele vê. Mas o segredo não é o de quem ele vê...mas sim o de quem ele não vê, mas que está sempre presente...com ele e dentro dele...

Hoje uma amiga sentiu-se atingida por um rude golpe. Julgava-se preparada para tal, mas no fundo nunca estamos preparados para o lado menos positivo da conquista, do amor ou da paixão. A sua história é igual a de tantas outras que acontecem diariamente por esse mundo fora. Tal como no caso do meu amigo, esta mulher também anda à procura de algo que a complete,de algo que a deixe à beira da felicidade total e plena. Mas falta-lhe algo. Continua a faltar-lhe algo. E o que parecia ser uma situação remota, hoje tornou-se numa impossibilidade presente. Por amizade recusou dar parte fraca e deu força a quem tinha que dar. Por respeito à amizade pôs de parte sensações e sentimentos e manteve-se fiel aos seus princípios de amizade e fraternidade. A vida tem destas coisas...Mas esta rapariga não tem que temer...não tem que temer porque a vida é mesmo assim. E o que ela procura existe, o que ela procura não é utópico e a vez dela também há-de chegar. Nem sempre os que chegam primeiro ao porto são os que viajam para os melhores lugares (não levar isto à letra, nem de forma pejorativa)...

Ontem, outra amiga minha deu-me a entender, através do seu blog, que lhe falta algo para ser totalmente feliz...Tal como lhe disse a ela, há que ter calma. Há que dar tempo ao tempo. Tudo na vida é uma questão de timing. Deus é justo e não dorme na forma, como se diz no meu Brasil. Deus sabe o porquê de tudo isto e sabe que, às vezes, os reveses da vida são importantes e servem para nos fortalecer. E tal como lhe expliquei a ela ontem, "Não importa se o caminho para chegarmos a algum lado é curto ou comprido, recto ou sinuoso, soft ou tortuoso. O que importa é o momento da chegada, o momento da conquista de um objectivo, do concretizar de uma meta"...isto sim é o mais importante. Isto sim é o sumo mágico e imortal da vida...

Eis três casos em que o Amor é ponto de partida ou de chegada para tudo o que desejamos. Eis que o Amor surge-nos como a força motriz da máquina que é a vida. Eis que tudo parece não ser tão bom ou tão feliz...apenas e só porque o Amor parece estar em falta...

De mim não falo nem falarei. Acredito que haja Amor, que cada um de nós tem a sua cara-metade algures neste mundo e que realmente existem almas gémeas. Acredito que o Amor está para nós como o ar que respiramos ou a água que nos preenche cerca de 70% do nosso corpo.

E também sei que há casos em que há ocasos ou acasos, como preferirem...Seja como for, lembrem-se desta velha máxima de Santo Agostinho: "Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos"...

Monday, November 19, 2007

Dois anos de Blog...


E já se passaram dois anos...Curiosamente, lembrei-me de consultar o arquivo de todos os 80 posts que constam deste blog, e pude constatar que este espaço "nasceu" há precisamente dois anos (para ser ainda mais preciso, o blog teve início a 15 de Novembro de 2005)...

Ao longo destes dois anos tentei manter alguma da coerência que pretendi dar sempre a tudo o que pudesse vir a constar deste meu blog. Não sei se tal foi alcançado com sucesso, mas o que é certo é que este blog acabou por evoluir e por dar a conhecer a algumas pessoas certas visões e certas perspectivas diferentes daquilo a que estavam habituadas. E isso é, desde logo, uma vitória minha (modéstia à parte) e deste blog. Afinal de contas, aguçar as mentes sempre foi um dos principais objectivos desta minha forma visível de pensar.

A todos quantos têm seguido esta evolução, o meu muito obrigado. Espero que continuem a visitar este blog e que continuem a opinar sempre que acharem necessário ou conveniente. E sempre que o entenderem, já sabem: contribuam para a melhoria deste espaço e pela consequente melhoria da minha pesssoa também...

Dois anos de blog...Parabéns ao More Than Words...Especialmente por saber fazer juz ao seu nome e por mostrar a algumas pessoas que, de facto, há palavras que significam muito mais do que simples palavras...

Friday, November 16, 2007

One life...too many loves...

Is there a boundary which delimitates where a person should, or should not, take a chance when it comes to love? How can one knows what’s the proper timing, when to go for it?

I wonder this because I’m an observer. And I’m beginning to see things I don’t know how to recognize. I see disputes over men and women and, in each circumstance, life has been showing me that everything is a possibility. And even though we might consider ourselves against all odds, there really is a possibility of getting something, somewhere, somehow. Don’t know why or how or when.

But I do know that the night we will conquer is near. I do know we shall never surrender: for the good of all mankind and for our own good as well.

Might God be with us. Here, now and then, as always.

One life…too many loves…

* Dedicated to a friend

Alma...

Ontem fui acossado por um estranho sentimento. Um sentimento que não se pode descrever, um sentimento que não se pode, porque não há como, relatar. Ontem fui espectador atento num palco especial, num palco mítico e místico. Um palco pequeno em tamanho, mas infinito em sensações. Vozes cantavam, mas quem voava eram os corações. Os mesmos que sabiam cada acorde, os mesmos que reconheciam cada refrão como se fossem de sua autoria.

Ontem senti a minha alma. Senti-a enquanto ouvia Fado. E falar de Fado é falar de tanta coisa que nem sequer ouso tentar classificar seja o que for, relativamente ao Fado. Posso apenas dizer que Fado é Fado. Fado é alma. Fado é dos que têm alma. Mais ninguém pode perceber o Fado. A voz, no Fado, pouco importa. Importa sim a alma, a força interior que nos leva a arrepiar a cada acorde, a sensibilidade interna que nos leva a sorrir enquanto derramamos uma lágrima. E depois outra...e outra...e mais outra...

Fado é Alma. Alma essa que é tudo o que quisermos que seja, mesmo que nada saibamos sobre o assunto. Seja ele Fado ou Alma.

E isto ocorreu-me não por ter alma de fadista (com muita pena minha), mas sim por ter estado em contacto com a minha Alma. Alma minha esta que me diz que sou fadista por necessidade. Sou fadista porque me identifico, porque sei o que é essa Saudade que só existe nesse Português que é tão vosso, e que aos poucos lá se vai tornando meu também...Sei que sinto o Fado. Não como sinto o Samba ou o Pagode, mas sinto o Fado. Sinto-o porque tenho alma. Uma alma que ri, sorri, chora e vibra a cada reverberação da guitarra, seja ela portuguesa ou não.

Esta alma minha sabe que Fado é destino, é desígnio divino. Sei que Fado é fardo. Sei que Fado é sangue, suor e lágrimas. E sei que foi Deus que me pôs no peito, não um rosário de penas, mas sim um coração dolente, sadio e doente, um coração que sente até o mais insensível dos sentimentos. Sei que é estranha esta minha forma de vida, a qual enche o meu coração. Sei que este meu coração não sabe para onde vai e que por isso mesmo, às vezes, recuso-me a acompanhá-lo mais...

E ontem, a cada acorde, a cada voz que trinava no palco improvisado no beiral de uma escada ou no corredor de mesas, consegui ter a plena consciência de algo, quiçá, importante: "Ó gente da minha terra, agora é que eu percebi, esta tristeza que trago foi de vós que a recebi". E esta não é a minha terra. Mas dela bebo e recebo a tristeza que povoa, algures, esta minh'alma sedenta de algo que não provei ainda...

Talvez por isso me identifico com o Fado. Talvez por isso, ontem, tenha alcançado níveis de transcendentalismo nunca dantes por mim alcançados. Talvez por isso a minha alma tenha rejubilado. E rejubila. E talvez continuará a rejubilar...

E se assim for, "Que Deus me perdoe, se é crime ou pecado, mas eu sou assim, fugindo ao Fado fugia de mim, cantando dou o brado, e nada me dói, se é pois um pecado ter amor ao Fado...que Deus me perdoe"...

* And so my soul has spoken...

Thursday, November 15, 2007

I Accept...



I accept everything. From now on, from this very instant, I simply accept everything. I accept all the sorrow, all the harms, all the bad things and all the mess life has been putting me into. I accept all that as well as I accept all the good things I’ve been granted so far in my life.

I accept this tremendous thing called God’s will. I accept all his designs and all his mysterious ways of showing me how right or wrong I am.

I accept fall because I know I have to stand up again. I accept tears because I know I have to wipe them up. I accept each and every slap on my face because I know I have to give the other side as well. I accept deception because I know I have to dream again. I accept disillusion because I know I have to get into illusion again. I accept death because I know it’s just a path to another life. I accept suffering because I know I’ll have to suffer and suffer again. I accept rain because I know there’s a rainbow somewhere waiting for me. I accept foggy mornings because I know the sun is just waiting to rise up and light me up.

That’s me at this moment. Someone who’s willing to accept everything life has to offer me. I’m sick and tired of all the battling and all the struggling for each and single goal of my life. I’m not that resilient, you know? Even though I’m not human…

So, and as far as I’m concerned, here’s my final statement: I accept. Doesn’t matter what, why, who or how. I simply accept. Come what may…come what may…

Monday, November 12, 2007

Relatos oníricos...


A noite cai. Os sons que se ouvem são pouco nítidos. Há risos, há copos, há gargalhadas e há bramidos. Há toda uma sinfonia que não sei distinguir. Saio. Aliás, já saí. Não vou sozinho, mas por vezes pareço desacompanhado. A culpa não é de quem comigo vai, mas sim do meu próprio ser que se quis pôr de lado. Enquanto eu falo, o meu ser (a minha alma) observa o que se passa à minha volta. Surgem perguntas. Fazem-se questões. Nem sempre há resposta. Calam-se as multidões. Mas a alma está lá. Não perdoa, não facilita e não vacila.

Faz-me pensar enquanto ajo, falo ou digo. Faz-me voar enquanto canto, ando ou ouço. Faz-me ficar enquanto me ausento, ainda que por momentos. Os sons continuam iguais, mas parecem diferentes. Há corações vazios e sentimentos ausentes, há almas que falam mas não se fazem ouvir, há seres que choram e não sabem carpir.

As mágoas afogam-se. Mas se não tenho mágoas, que afogo eu? A alma não me deixa afogar nada mais para além da mágoa de não ter mágoas. Mas faço minhas as mágoas dos outros. Sinto a insanidade dos outros como poucos. Arrisco-me a que nos julguem loucos por sermos tantos e parecermos tão poucos. Mas, afinal...quantos somos? Quando? Onde? Ontem ou anteontem? Não importa...ou melhor, pouco importa...ou importa o que importar a quem tiver que se achar importado por ter que se importar com o que ninguém se importa...Talvez nos importemos mais com o que não devíamos importar.

As guitarras trinam as suas cordas. As vozes afinam e desafinam no mesmo tom e ao mesmo tempo. Sinto que faltam coisas que façam deste um menor momento. Então é um momento bom. Um grande momento. Brindemos então a este momento. Ao momento em que celebramos nada por não podermos celebrar tudo. Brinda-se à vida, ao amor, à amizade e à morte...À morte? Oh, triste esta nossa sorte. Ter que ouvir isso de quem parece ter perdido o norte...E que sortudos são os que perdem o norte. Pois não se importam mais com a sua sorte e apenas querem viver a vida para além da morte.

Os corpos levitam, as almas flutuam. Os seres transitam, as estrelas se orgulham. Há que se orgulhar do espectáculo que queremos montar. A rua é nossa, foi nossa e será passadeira vermelha desta e de tantas outras alucinações. Afinal, será sempre assim...desde que saibamos ouvir os nossos corações. Almas caminham, vozes despertam. Sentimos o frio, as mãos se apertam. O caminho é longo, o destino mágico. A maioria se queda pela magia de tal rochedo, o qual para muitos é ainda um segredo. Há almas que deambulam e seguem caminho. Vão tentar a sorte em busca de vinho. Regressam felizes e com sede no paladar. As almas já juntas só querem comemorar.

Saltam as rolhas, enchem-se sos copos. Brinda-se à vida, ao dia e à noite. E de noite em noite lá fomos. Falámos e fomos falando. Uns respondendo e outros perguntando. Uns correndo e outros caminhando. Falou-se, parou-se e à berma encostou-se. Do nada e do tudo falou-se. O frio veio e lá se instalou. A loucura do grande vazio tudo tocou. Baco queria tomar conta da situação. Mas coitado, mal ele sabia que era alucinação...

Alucinados estavam eles. Os quais afinal éramos nós. Os quais, apesar de muito unidos, pareciam sós. Cada qual traçando a sua meta, cada qual seguindo à velocidade de poucos nós. Uns seguem mais depressa, outros ficam para trás. Há coisas que então são descobertas. E depois da descoberta, zás...nada mais será como dantes. Nem mesmo o carvão que dá origem aos diamantes. Sabem-se segredos, descobrem-se verdades. E nem foi preciso zangarem-se as comadres. Ouvem-se histórias, assumem-se fetiches. Deus lá de cima nos olha e considera-nos uns fixes.

Seguimos rumo ao local da partida. Afinal, é mesmo assim o rumo da nossa vida. Voltámos sempre ao local do crime. E assim fizemos, mais satisfeitos do que quando partíramos. Mas ainda havia história a ser escrita. E lá se escreveu em tons de negro, pois a falta de luz guarda melhor um segredo. Aos poucos as almas regressam aos lares que tanto veneram. Há despedidas que não se esquecem, há figuras que não se desvanecem. Louco, louco, louco...e agora, pouco a pouco, sinto e pressinto algo. Sei que algo se passa. Mesmo depois do que se passou. Há almas inquietas, alguém me alertou.

O fogo alastra, o ser quase se arrasta. A chama consome a sua metade homem e nada quer poupar. A alma clama por ajuda e pela brisa começa a chamar. A brisa resiste e não insiste em vir. A chama então começa a sorrir. O ser que não sabe o que está a passar pede a Deus que o ilumine e Ele, a ele, passa a iluminar. Há coisas que passam e não querem seguir sem um rasto deixar, sem uma lágrima fazer cair. Há almas que sentem muito mais do que o ardor. Sentem fogo, sentem brasas. Sentem minutos de horror. Passados uns minutos e tudo afinal não passou de um mau bocado, algo estranho e sobrenatural. As almas envolvidas seguem então o seu caminho. Cada uma segue o seu rumo, protegida por Deus e pelo seu carinho.

Caio na cama e julgo que vou descansar. Mas afinal acordo e vejo que, afinal, estava a sonhar...

PS- este é um relato onírico, mas original...

Conversas...


É fim-de-semana. Há pessoas que regressam aos lares, há pessoas que procuram outros caminhos, há pessoas que não regressam nem procuram nada, e há pessoas que, sem motivo aparente, reúnem-se e juntam-se. Agrupam-se e manifestam as suas opiniões. Falam, debatem, discutem e opinam. Por tudo e por nada. Sobre o tudo e sobre o nada. Argumentam em prol da vida tão ardentemente como desejam afastar a morte. E no final, eis que tudo se falou e nada se discutiu. Tudo se tocou, mas quase nada se sentiu.

Não critico. Afinal sou, fui e serei parte integrante deste tipo de ajuntamentos. Aliás, sou apologista e forte incentivador deste tipo de situações. Mas quero mais. Preciso de mais. Porque há conversas que precisamos, nós, seres humanos, de ter. Porque há sensibilidades que se devem tocar e há susceptibilidades que se devem ferir. Pelo bem da vida, pelo bem do progresso humano e pelo desenvolvimento intelectual de cada um de nós...

Há conversas que nos escapam por sob os dedos. Há coisas que não ousamos falar porque pura e simplesmente não sabemos, ou queremos, quebrar tabus. Há quem não aceite que a morte é uma passagem para outra fase melhor, mais pura e elevada da própria vida. Há quem não aceite que se morra feliz, caso assim tivesse de ser, aos 26 anos. Há quem se recuse a se auto-definir (sim, eu mesmo...). Há quem não saiba como ou por quem se daria a vida. Há quem não ouse discutir o Amor enquanto força motora de tudo quanto é vida. Há quem isto e quem aquilo...E no fundo, de que vale tudo isto? De que valem estas conversas? De que valem as caminhadas? De que valem as idas a becos recônditos em busca do néctar dos deuses? De que vale a sobreposição de vozes em catadupa?

Sinceramente, vale muito. Muito mesmo. Vale muito, pelo menos para mim. Porque assim cresço, conheço e percebo melhor o ser humano. Ou melhor, tento perceber melhor o ser humano. Acho que nunca irei compreender totalmente esse animal que nós somos. Mas pronto, ainda não é hora disso. O que importa é que nas conversas podemos ler nas entrelinhas. Nas conversas podemos sentir um pouco do aroma e da essência de cada um dos intervenientes. Nas conversas encontramos vestígios das nossas raízes e das marcas que outros deixaram em nós. Nas conversas podemos decifrar a mais frágil das almas e o mais destemido dos seres. Nas conversas podemos alcançar o limite do ilimitado, podemos indagar e ser indagados. Nas conversas podemos até conquistar o olhar de quem evita olhar para nós. Nas conversas vemos o reflexo do que somos, fomos e poderemos vir a ser...

Mas, e porquê só ao fim-de-semana? Falta de tempo? Ou falta de gestão de tempo? É certo que dormir é saudável e indispensáel, mas será assim tão importante dormir 10, 12 ou 14 horas por dia? Para quê? É no onírico que pensam encontrar as respostas para a vida? Se assim fosse, haveria um 11º mandamento a dizer "Dormitai o máximo que puderdes, pois no sono encontrarão o caminho para os segredos da vida"...Qual a mais valia de horas e horas enfiadas numa sala, num escritório, etc?

Enfim, se eu soubesse a resposta a tudo isto, talvez não estivesse para aqui a dialogar sozinho, a debitar estes pensamentos na blogosfera à espera, ou não, que alguém se decida importar e fazer desta minha luta, a sua luta. Não é que esteja à espera disso...Aliás, neste momento não espero nada. Mas gostava que houvesse mais gente a preocupar-se com a desumanização da Humanidade. Gostaria que os Telejornais abrissem os seus noticiários com notícias do género "Interacção pessoal e debate livre de ideias passa a ser ensinado desde o 1º ciclo". Ou "Governo prepara nova legislação sobre pensamento livre"...Seria muito bom. Muito bom mesmo. Não para mim, é claro. Aliás, também para mim, é óbvio. Mas seria a Humanidade a principal vencedora.

Pois é através do confronto de ideias que se avança. Na vida, na ciência, na política, no amor, etc...Mas falo de um confronto de ideias são, claro, desprovido de interesses e de jogos, joguinhos e joguetes. Falo de um confronto de ideias à Sócrates (o filósofo, como é óbvio), à Platão, à Descartes, à Karl Marx, à Che Guevara...à Laurindo Filho*...Falo de um confronto de ideias em que tudo é passível de ser aceite e em que nada deve parecer absurdo. Só assim poderemos evoluir. Só assim poderemos almejar alcançar um estado mais avançado em termos intelectuais, mentais e espirituais. Não sejamos tacanhos ao ponto de não aceitar o que desconhecemos. Não sejamos patêgos ao ponto de menosprezar esta ou aquela teoria menos visada, conhecida ou divulgada. Até porque nem todos podem ter o mesmo conhecimento.

No fundo, e agora que estou prestes a concluir esta minha tese, digamos assim, páro, leio e releio tudo o que para trás deixei escrito, e só me apraz comentar o seguinte: Bah, isto são só conversas...

PS- Percebem?


* Não levem a mal, mas eu sei o porquê de ter dito e escrito isso...e um dia vocês também saberão...

Tuesday, November 06, 2007

...E o Adeus...

A razão do Adeus...


Sunday, November 04, 2007

Alegoria de locais com histórias....ou histórias com locais...




Há locais assim...

Há locais que nos marcam, locais que se tornam ponto de referência. Há locais que se tornam emblemáticos, que ganham uma certa aura e uma certa dimensão. Há locais que assumem determinada importância e que acabam por se transformar numa espécie de ponto de encontro, ou reencontro, se preferirem. Há locais assim...

Ainda ontem estive num desses lugares. Quem conhece sabe a magia presente no local onde estas fotos foram tiradas. Quem por lá passa não fica indiferente. Quem por lá passa não se sente ausente. Antes pelo contrário. Sente-se próximo. De algo, de alguma coisa, de alguém...

Ainda ontem lá estive. Era já bem de madrugada. Fui para lá porque precisava de ver alguém. Alguém que não está. Alguém que não estava nem esteve e que não estará...mas que um dia há-de estar. Fui lá porque queria falar com alguém. Porque precisava de reencontrar alguém. Fui lá porque precisava de me reencontrar também. Estive lá porque não queria estar sozinho. E não estava. Não só porque fui acompanhado, mas porque acabei por encontrar quem queria. Acabei por ver o que queria ver. Acabei por sentir o que queria sentir.

Lá senti o vento que me trouxe notícias de quem queria ver. Lá pude dialogar com o vento, que trazia palavras de quem queria ouvir. Lá pude contemplar o brilho do olhar de quem queria que me olhasse. Contemplei-o através das estrelas que brilhavam lá longe, no céu. E havia uma que me olhava fixamente. E que brilhava intensamente. Acredito que era quem eu queria ver. Acredito que me estava mesmo a ver, a olhar por mim, a falar comigo a cada vez que cintilava mais.

Lá pude reviver. Lá pude sentir saudades (não que precise de lá ir para as sentir...), pude constatar que alguém tem razão: "Não faz sentido pensar nesse local sem pensar em ti..."...se bem que já sabia disso...Lá pude falar com o amigo que soube ser e estar para me poder acompanhar, porque também sente o mesmo que eu, embora noutras latitudes do Globo. Lá pude ser eu mesmo, pude ter-me a mim mesmo, pude ter o que queria ter, através de quem queria ter: Paz!

Há locais assim. Locais onde alcançamos uma Paz única e indescritível. Locais onde nunca nos sentimos sós porque, para além de Deus, dos Anjos e dos Espíritos, há sempre alguém connosco. Há sempre alguém que nos presenteia com a sua presença, mesmo que não seja física. Há sempre alguém que diz "Presente", mesmo que não façamos a chamada para confirmar quem está e quem não está. Há sempre alguém...ou melhor...há sempre um alguém...

E neste caso "o" alguém...está sem estar estando. Fala, ali, sem estar falando. Toca sem precisar de estar tocando. Sorri sem estar, ali, sorrindo. Ouve sem estar, ali, ouvindo. Pelo menos eu creio nisso. Não porque seja louco, insano ou maluco. Não porque esteja demente ou incapacitado mentalmente. Creio porque sinto. Creio porque sei o que cada uma daquelas pedras, daqueles bancos e daqueles caminhos dizem e querem dizer. Creio porque ali faz-se e fez-se "história".

Não, não foi nada de épico. Tão pouco algo que venha a ser merecedor de um Nobel ou de um Pullitzer (se bem que...bem contado, talvez até ganhasse)...A "história" que ali se fez é apenas mais uma daquelas que se podem e que se devem contar a filhos e netos. A "história" que ali se fez é mais uma daquelas que enaltecem e enobrecem não só o local em si, mas também o próprio ser humano. E atenção: não digo "mais uma daquelas" no sentido depreciativo. Porque mais uma daquelas, neste caso significa muito. É o mesmo que dizer "história obrigatória"...

E é a "história" que ali se fez e se faz que me faz lá voltar, sempre que posso ou sinto necessidade. Não preciso de ir para o Tibete para meditar. Ali, nesse local, encontra-se o meu Tibete. E também não preciso de passar lá sete anos. Bastam alguns minutos ou algumas horas. É o suficiente. Porque há bancos que falam comigo. Porque há caminhos que falam do tal alguém. Porque há plantas que sorriem ao falar desse alguém. Porque há pedras que me relembram os dias ali passados, as horas ali passadas, as gargalhadas ali dadas. Porque há paredes que mostram os abraços apertados. Porque há pequenas fontes que reflectem os _____ ali dados. Porque há recantos que suspiram ao falarem de cenas ali passadas. Porque há partes que coram, não de vergonha, mas de beleza, de certos episódios ali vividos.

Há locais assim...

Locais que nos deixam marcas. Locais onde deixamos as nossas marcas. Há locais que se fundem e "confundem" com alguém. Há lugares que existem porque houve sempre um alguém. Alguém que nos levou lá, alguém que nos mostrou isto ou aquilo...Há locais assim...E ainda ontem eu estive lá...Porque este local significa tanto, ou quase tanto, como alguém há-de significar para mim...

Quem espera sempre alcança...



Diz o ditado popular que "Quem espera sempre alcança". E porque a voz do Povo é a voz de Deus, sinto-me na obrigação de vir dar a conhecer o exemplo de duas pequenas jovens que resolveram alcançar, mesmo depois de muito esperar.

As meninas das fotos, Benni e Noddy, são o motivo deste post. Há muito que ambas perseguiam o sonho de mudar de licenciatura na ESEC. Entraram ambas o ano passado em ASE, mas desde sempre pretenderam ingressar em LGP e tudo fizeram para conseguir a transferência de curso. O ano passado tal não foi possível, mas nem por isso deixaram de perseguir o seu objectivo.

E este ano voltaram à carga. Só as pessoas mais próximas delas sabem o quanto a mudança de curso lhes iria satisfazer e realizar. Afinal, era um sonho que ambas acalentavam. E ainda que a espera pelos resultados finais tenha sido exasperante, foi com agrado, orgulho e satisfação que soube que elas conseguiram mudar para o 1º ano de LGP.

A ambas, por terem sido sempre umas afilhadas presentes (mais do que eu como Padrinho...e já agora, as outras afilhadas que não me levem a mal este post, mas vocês sabem que também vos adoro), por terem alcançado o vosso objectivo e por me ensinarem que vale a pena correr atrás de um sonho, os meus mais sinceros parabéns. É sempre bom ver que há sonhos que se realizam, que há metas que se alcançam só porque persistimos e porque batalhamos. Nesse aspecto, tal como em mais uns quantos, sois um exemplo aqui para o Velho.

E muito obrigado por me ajudarem a continuar a acreditar que quem espera sempre alcança...

Thursday, November 01, 2007

Toda a gente tenta, mas só o São Paulo é Penta...

Pois é, caríssimos...

Há uns tempos anunciei aqui, neste preciso espaço informativo que é o meu blog, que o São Paulo Futebol Clube estava na iminência de se sagrar pentacampeão brasileiro. E é com grande orgulho e satisfação que anuncio que ontem conquistámos o título =)

Foi lindo ver o Morumbi lotado, à pinha, com 69.989 espectadores...a maior assistência do ano no Brasil...hehe...ninguém pára o Tricolor Paulista...

Ao fim de quase meio ano de Brasileirão, o melhor time levou de vencida toda a concorrência. Fomos os melhores e disso ninguém duvida. Para a história fica a foto que ilustra este post e também o facto de sermos os primeiros pentacampeões brasileiros de sempre...

Pois é, meus amigos...tal como na selecção, hehe...Toda a gente tenta, mas só o São Paulo é Penta =)