Sunday, January 25, 2009

Essa Tal Liberdade...


De mote para me aventurar em karaoke’s a sucesso estrondoso =P

Eis o que posso e devo dizer de uma música que tem tido e desempenhado os mais diversos papéis na minha vida:

- Abriu-me as portas para as cantorias semanais e para um “pseudo-estrelato” que não reconheço, mas que proporciona algumas situações bem engraçadas (sem o meu Mano não teria sido possível, thanks Bro)

- Ajudou-me a ganhar confiança e a vencer os meus receios no que diz respeito à música

- Deu-me a conhecer gente espectacular (e alguns invejosos, mas para esses, um conselho – metam-se na fila e aguardem pacientemente até que possam intentar algo contra mim)

- Permitiu-me dar os meus primeiros autógrafos e receber elogios bastante elogiosos, passe a redundância (lol, contado ninguém acredita)

- Serviu, e tem servido, como lição de vida, principalmente devido a algumas partes da letra

Enfim, muito mais aconteceu devido a uma única música. E ontem, uma vez mais, apercebi-me da sua importância na minha vida…

Ladies and Gentlemen, só para vocês…Só Pra Contrariar e Fábio Júnior, “Essa Tal Liberdade”…

Estranha forma de vida...


Estranha esta vontade, esta súbita necessidade de querer ser guiado através da escuridão, levado pela mão de um ser sem rosto, sem nome, sem cor, sem cheiro, sem forma, sem nada…

Estranha esta acalmia pacificadora e turbulenta, este maremoto disfarçado de suave onda que vem desaguar no areal da minha alma…

Estranha esta forma de ser e estar, de querer e não querer, de ver sem enxergar, de tocar sem sentir, de viver sem lembrar…

Estranha esta minha forma de vida…

Friday, January 23, 2009

Mergulho...


Mergulho na noite. Deixo-me levar pelas ondas inebriantes que me conduzem aos labirintos disfarçados, aos cantos e recantos onde tudo parece tão familiar e tão distante ao mesmo tempo…

É assim que o sinto. É assim que me vejo a trilhar este caminho, esta estrada mal iluminada e parca em saídas de emergência. Talvez porque, de facto, elas não existam. Talvez porque, de facto, elas não são necessárias…

Será? Não sei. Tão-pouco me parece que vá despender o meu tempo à procura destas e outras respostas. Porque não posso procurar respostas para perguntas que não existem. Ou que pelo menos ainda não foram formuladas…

E até lá, até essa e outra e outra formulação, aguardo pacientemente por aquilo que sei já ser meu de antemão – a glória agridoce de se saber perdedor mesmo quando se ganha e ganhador mesmo quando se perde…

Pode parecer estranho, mas é assim mesmo. Não parece perceptível, nem mesmo lógico. Pouco importa. A lógica nada tem a ver com isto. É a vida que manda. São os desígnios do Senhor que comandam. Sou eu que opto e actuo consoante o palco, a música, a peça e o elenco que me acompanha…

Hoje uns, amanhã outros, depois, quiçá, um monólogo. Faz parte. Tudo faz parte…

Mergulho na noite. E uma vez mais acordo submerso mesmo estando já na tona. Que bom…Nem todos se podem “gabar” do mesmo...

Continuarei a mergulhar…até ao dia em que não mas regresse…

Friday, January 16, 2009

Uma questão de Fé...


Há alturas em que damos por nós a falar com Deus, com Alá ou com uma força maior, como alguns costumam dizer. Nessas alturas temos por hábito pedir, rogar, suplicar pela melhoria de uma situação que nos parece adversa, injusta, descabida, despropositada e sem nexo…

Por estes dias encontro-me em mais uma destas alturas. Infelizmente as coisas não podem ser como queremos e desejamos. No meu caso, e quanto mais vivo, creio que nunca é…

Não estarei a ser tão injusto quanto isso. Aliás, não quero nada que não seja meu ou tenha que vir a sê-lo. Antes pelo contrário. E no que toca ao bem dos que me são mais próximos, apenas desejo vê-los bem, felizes, saudáveis…acima de tudo saudáveis…

Eu sei quais as minhas dívidas para com o Grande, sei quais as minhas faltas, quais os meus erros e sei que terei de pagar por eles. Aqui e noutras vidas. Estou ciente disso e minimamente preparado para o que der e vier…desde que seja comigo…

Senhor, apesar de pedir mais vezes do que fazer, apesar de errar mais do que acertar, apesar de ser mais propagandista do que executor do Bem, eu peço-lhe…

Peço-Lhe que ajude quem mais necessita neste momento. Peço-Lhe que dê forças, ânimo e apoio a quem necessita. Peço-Lhe que ampare os mais necessitados e que os guie, os ilumine, os proteja e os abençoe…

Que os Espíritos de Luz possam acompanhar as almas e os corpos que hoje lutam por um futuro mais radioso, mais alegre, mais saudável. Que os Anjos Guardiões acudam nas mais imediatas, eternas e infindáveis situações, juntamente com todos aqueles que possam e estejam disponíveis para ajudar…

Senhor, Pai…

Não clamo nem peço a minha salvação. Não quero nem ousaria pedir tal coisa. Desejo sim, do fundo do meu coração e com todas as minhas forças, que ampare a pessoa que me leva a escrever isto. Que a acuda e que zele por ela de modo a que, aconteça o que acontecer, ela ao menos possa dar o seu máximo, lutar contra as adversidades. Com o Seu apoio, com o apoio daqueles a quem rogo e em quem deposito toda a minha confiança, com o apoio daqueles que mais amam este ser, entre os quais eu próprio…

Senhor, nunca me perdoarei se não tentar tudo por tudo, se não procurar todas as saídas, se não esgotar todas as possibilidades. E se algum dia eu souber que posso trocar com ela, Senhor, por favor, permita-me essa benesse, conceda-me essa condição…

Sei o que tal implica, mas também sei a importância de tudo o que está em jogo. Se não o fizer por quem me deu a vida, não o farei por mais ninguém…

Senhor, escute uma vez mais as minhas preces. Que os ventos levem estas minhas palavras até ao Paraíso onde Habitas e que daí elas possam ser ecoadas e transmitidas aos quatro cantos do mundo através dos sete ventos, através das orações e através da crença e da Fé inabalável deste seu súbdito, deste seu fiel escudeiro e eterno depositário…

Pai, continuarei a pedir, a orar, a rezar, a rogar, a suplicar…até que a voz me doa, até que as forças se me esgotem e até que a vida se me acabe…

Porque há causas que valem a pena…porque há pessoas que valem a pena…porque não seria digno de ser seu filho se não o fizesse…

Abençoai-a, Senhor. Protegei-a. Iluminai-a. Salvai-a…

Amén…

Thursday, January 08, 2009

So the angel said...


“A vida por vezes pode parecer complicada. Mas atrás de cada noite vem sempre um amanhecer e toda a escuridão traz consigo a luz do amanhã, do futuro, do eterno. Sois jovens, tendes qualidades e podeis vir a ser tudo o que desejardes. Tendes saúde, o que é mais do que muitos têm neste Mundo, e isso dá-vos uma vantagem sobre muita gente.

Guardai as mágoas, arquivai-as num sítio distante, mas não tão distante que vos leveis a cometer os mesmos erros. As cicatrizes, transformai-as em medalhas, em símbolos das tuas batalhas. Carregai-as convosco e não as escondais nem as mostrais, a não ser que essa seja a única solução.

Nada é tão mau que não possa ser melhorado e apenas a morte (ainda) não tem solução. Celebrai esta vida, sede quem quiserdes, como quiserdes e sempre que quiserdes. E lembra-te: sonhai, a dormir e acordados. Porque como diria o poeta, “porque pior não há do que acordar e ver que não se viveu, não se sonhou e só se morreu”.

Há uma infinidade de caminhos a seguir. Sigam-nos. Ao vosso lado estarão os que vos amam, estimam e querem bem.

God bless you.”

WAP, 08/01/09

Tuesday, January 06, 2009

"Ser Coimbra"


“Ser Coimbra”


Saudades,
Da Coimbra das Praxes, dos Caloiros e dos Doutores,
Da Coimbra das Serenatas, das Paixões e dos Amores,

Saudades,
Da Coimbra das Tertúlias, da Tertúlia e da Real,
Da Coimbra do Penedo, do Mondego e do Choupal,

Saudades,
Ó Coimbra, da tua Lua, da tua chuva e do teu Sol,
Ó Coimbra, das guitarras que trinam tal e qual um rouxinol,

Saudades,
Ó Coimbra, da tua Latada, da tua Queima e do teu Cortejo,
Ó Coimbra, do teu regaço, do teu abraço e do teu beijo,

Saudades,
Ah Coimbra, de tantas estórias, de tantas histórias e tantas lições,
Ah Coimbra, baú repleto e infindável de recordações,

Saudades,
Ah Coimbra, dos estranhos, dos amigos e dos conhecidos,
Ah Coimbra, dos rostos guardados e nunca esquecidos,

Saudades,
De ti Coimbra que um dia me viu chegar,
De ti Coimbra que um dia me soube receber,
De ti Coimbra que após cada noite de Luar
Me ofereceste sempre um novo amanhecer,

Saudades,
De ti Coimbra que tão pouco me fizeste chorar
E que tanto, tanto, tanto me fizeste sorrir,

Saudades,
De ti Coimbra, lugar encantado
Do qual nunca me saberei despedir,

E se porventura uma lágrima deito e molho a lapela,
Não te apoquentes, pois mais do que de saudade,
Estas são lágrimas de Felicidade,
São lágrimas de quem te sabe eternamente bela,

E para que possas, por fim, entender
Coimbra minha, apenas quero te dizer:
Basta somente sentir-te por um segundo
Para que eu possa viver-te em qualquer parte do Mundo!

PS – aqui fica a minha homenagem a Coimbra. Obrigado Coimbra…

Estranho...


Estranho...ao fim de oito anos, vou falhar um jantar de Tertúlia. Há tanto que poderia dizer, fazer ou acontecer para tentar explicar, mas...acho que não dá, não há como...Ou talvez haja...no próximo post...

Thursday, January 01, 2009

Sina...


Ter razão. 99,9% das pessoas adoram ter razão. Em tudo, em nada, por tudo e por nada. Não vou ser hipócrita ao ponto de dizer que não gosto de ter razão, mas por vezes, em certos e determinados assuntos, preferia não ter razão nenhuma e dar comigo completamente enganado…

Mas a vida é mesmo assim, e por vezes faz questão de nos dar razão mesmo quando preferimos não a ter. E quando isso acontece, geralmente ficamos decepcionados. Eu fico. Eu tenho ficado. Eu fiquei…

Não gosto de me limitar a aceitar que temos que aceitar tudo o que acontece, independentemente de haver mais ou menos lógica, mais ou menos razão no que acontece. Nem gosto de me limitar a acreditar que as coisas são porque são e não são porque não são…

Contudo, há a sina. Para quem acredita na sina, ela pode ser um conceito complicado. Pessoalmente acredito em sinas e penso saber qual a minha. Não tanto a nível geral, mas sim em determinados campos da minha vida…

Não importam quais, nem sequer os vou aflorar, mas há sinas que me deixam triste…penso que triste é o termo que melhor se aplica ao que me refiro. Recentemente, mais recentemente do que o desejado, pude comprovar, uma vez mais, uma das minhas sinas…

Tal constatação não me agradou. Antes pelo contrário. Mas também não me abateu nem me desmoralizou. No fundo, fez com que “abrisse os olhos” uma vez mais e não me deixasse entorpecer pela ilusão sempre tentadora e sempre à espreita de fazer mais uma das suas…

Desta vez “acordei” mais cedo do que o habitual. Talvez seja a experiência a falar ou a inteligência esteja mais aguçada. Quiçá não terei desenvolvido um “sétimo sentido” especial que me permita (ou permitiu, neste caso) percepcionar melhor as coisas, de modo a que não me magoe tanto nem sofra tanto…

É pena…é pena que assim seja e que assim tenha sido. Mas, tal como concluí um dia, é a sina. A minha sina. Não a renego nem a repelo. É o que é e vale o que vale. E permanecerá comigo até ao final dos meus dias…

No meio disto tudo, resta-me a consolação de saber poder ser útil a umas quantas pessoas. Tão útil quanto o necessário para que elas ganhem o que não têm, adquiram outras coisas mais, renasçam e voem em direcção aos céus, livre, livremente, sem deixar rasto, saudade ou vestígio do mínimo que seja…

São sinas…é a minha sina…

Bye bye 2008, hello 2009...


Agora que um novo ano se inicia, talvez fosse sensato fazer um pequeno balanço do ano que findou. Digo talvez porque nem sempre se pode ou se deve fiar num balanço. Ao fim e ao cabo, o que é um balanço afinal?

Apesar de saber que existem várias explicações e aplicabilidades ao termo em si, continuo a acreditar que um balanço nunca é verdadeiramente fidedigno. Quanto mais não seja porque a maneira como nos referimos aos factos vividos é sempre condicionada pelo nosso actual estado de espírito. Mesmo que os factos sejam reais e tenham acontecido tal e qual os descrevemos…

Independentemente desta teoria (e de tantas outras que poderia agora explorar), certo é que 2008 já ficou para trás e com ele muitos acontecimentos. Uns mais tristes e outros mais alegres, como tudo na vida…

Estar agora aqui a enunciar alguns deles, nem que fossem os mais marcantes, seria de mau tom e pouco ético da minha parte. Não porque fosse infringir ou violar algum mandamento ou alguma lei constitucional, mas sim porque estaria a expor-me desnecessariamente…

Uma coisa posso garantir: 2008 conseguiu ser um ano ainda mais difícil e conturbado do que 2007. Foi a prova mais que cabal de que quando pensamos que as coisas estão más e não podem piorar, estamos enganados. Eu, pelo menos, estava. Redondamente…

E com isso acabei por descobrir novos caminhos, descobrir novas forças e encontrar novas formas de encarar a vida. Não que eu esteja mais forte ou mais sábio devido a isso. Não que eu esteja mais bem preparado para os obstáculos que ainda tenho que ultrapassar ou aqueles com os quais ainda me vou deparar. Não que eu saiba como resolver os meus males ou pelo menos o maior deles todos (tão grande que ele é…). Não, nada disso…

Mas sei, e confirmei ainda mais a fundo isso mesmo, do que sou feito, de que material fui “construído”, quais as minhas tarefas e os meus encargos aqui na Terra. Não sei se estou preparado para o que aí vem, mas hei-de dar o peito às balas, isso posso garantir…

Que 2009 possa ser igualmente rico em ensinamentos, mas ligeiramente menos penoso. Para mim e para todos…

Até daqui a um ano, para mais um balanço…seja lá isso o que for…