Tuesday, January 26, 2010

Some places are like home...


Há momentos que pela sua simplicidade, pela sua genuinidade e pela sua espontaneidade acabam envoltos numa redoma inquebrável. Momentos que assumem um carácter etéreo e que nos marcam de uma forma tão pura e sublime que dificilmente poderemos vir a

esquecê-los…


No domingo fui alvo (no bom sentido, diga-se) de comentários elogiosos que muito me agradaram e que me deixaram a pensar…


“Foi um dos melhores jogadores da história do clube”, disse uma senhora que muito fez por mim e pelas centenas de miúdos que, tal como eu, começaram a aspirar a um futuro de sucesso no mundo da bola ali, naquele pelado imutável. San Siro, como diria um grande amigo meu…


“Eh lá, vens assinar? Deus queira que sim”, afirmou outra pessoa, ainda hoje ligada ao clube. Por razões óbvias, não irei revelar nomes nem locais, até porque isso poderia suscitar alguma polémica…


Mas soube bem ouvir tais palavras, soube regressar a um sítio que, para mim, ainda hoje é como uma casa…


Não sei o que, neste aspecto, o futuro me reserva, mas sei que são momentos como os de domingo (a ida ao bar para beber umas minis e comer umas bifanas como se de um deles me tratasse também entra para um rol privado de memórias) que me fazem sentir feliz. Pelo passado que tive, pela história que ajudei a escrever e pelas recordações que, espero eu, saberei sempre manter…

Friday, January 22, 2010

Pensem nisso...

Primeiro veio ela, depois o Homem. Antes mandava ela, entretanto passou a mandar (será?) o Homem. Hoje revolta-se ela, amanhã (tal como hoje) cala-se o Homem. Cala-se por não saber o que dizer, por não ter argumentos a apresentar. Cala-se porque é no silêncio que melhor pode guardar e resguardar os seus medos e inquietudes. Cala-se porque nada mais a fazer senão calar e aceitar que, afinal, não é o Homem quem manda…

É nesse calar, nesse silêncio aparentemente premeditado e fruto da necessidade de refúgio próprio da raça humana, que reside a inquietante quietude de quem sabe ter perdido as rédeas de uma caravana demasiado poderosa. Em potência, em velocidade, mas acima de tudo em expansão…

Haverá certamente quem ainda não se tenha apercebido do propósito destas palavras. Haverá seguramente quem não perceba o rumo deste texto. Nada mais certo, nada mais justo. Afinal, muitas dessas pessoas são, tal como todo o ser humano que algum dia pisou este planeta (eu inclusive), as culpadas do actual estado de coisas da…Natureza!

Pois bem, falo da Natureza, claro! Haverá assunto mais premente neste momento? Hum…bem, talvez queriam avançar com temas como a crise económica mundial ou a violência. Mas, e muito sinceramente, se compararmos esses assuntos com o que se passa na Natureza, rapidamente veremos qual deles é o mais importante…

Tenho que admitir que não sou membro do GreenPeace nem da Quercus, nem tão-pouco sou um daqueles naturalistas extremistas. Também não sou um dos maiores exemplos em termos de actividades, sejam elas públicas ou privadas, que visem a preservação da Natureza. Mas faço o que me compete e o que me diz a consciência. E isso, meus amigos, é mais do que muitos…

Surge isto a propósito do que se anda a passar no Mundo. Não sabem? Que tal começar pelos constantes sismos que afectam o Haiti nos últimos dias? Que tal os cerca de 43 graus negativos que assolam o norte da China desde a semana passada? Que dizer duma Austrália que tem uma costa em chamas, devido aos incêndios florestais, e a outra a sofrer inundações? Quem diria que o Brasil haveria de ser alvo das maiores chuvadas dos últimos anos, as quais, só no Estado de São Paulo já provocaram 56 mortos? E no Brasil é Verão…

Para aqueles que não conseguem descortinar a ligação entre Homem e Natureza, eu dou uma ajudinha: é muito por culpa do Homem que a Natureza anda descontrolada. Há cada vez mais poluição, a temperatura média do planeta tende a subir à medida do preço do petróleo, as estações do ano parecem surgir em ordem inversa, enfim, há todo um sem número de relações causa/efeito na ligação Homem/Natureza. Uma ligação em que a Natureza tem sido prejudicada…até agora…

Porque, de facto, é e será sempre o Homem o único perdedor. É e será sempre o Homem o verdadeiro derrotado numa guerra que ele trava…com ele próprio…

Sei que haverá quem defenda que há desastres que aconteceriam sempre, independentemente do papel do Homem. Aceito…até certo ponto. Porque uma coisa é sabermos que a Terra tem as suas próprias movimentações, as suas especificidades; outra, completamente diferente, é sabermos que o nível de poluição produzido pelo Homem é mortal e não fazermos nada quanto a isso…

Pessimista? Não, realista. Por mais que se louvem os esforços de alguns (poucos) líderes mundiais, por mais que se mediatizem cimeiras ambientais e outras que tais, nada acontece, nada muda…

Minto…muda a Natureza. Para pior…

A minha mãe costumava dizer, sempre que havia uma catástrofe semelhante a que se vive no Haiti, e principalmente quando rios e mares subiam e “regressavam” à terra, que “um dia a Natureza há-de vir buscar o que é dela por direito.”…

Não sei se todos percebem o real alcance destas palavras, mas eu sempre percebi…Não sei qual a solução, não tenho ideias que possam ajudar a combater eficazmente este flagelo mundial que é a destruição da Natureza. Posso apenas dizer o que todos sabemos: enquanto o Homem preferir o lucro e o poder à Natureza, estamos mal. Muito mal mesmo…

Porque qualidade de vida não é uma conta recheada, uma casa com 500 assoalhadas (exagero propositado) e trinta e sete carros de alta cilindrada, topo de gama na garagem. Nem mesmo ter um passaporte recheado de carimbos que atestam o viajante existente em cada um de nós. Qualidade de vida é termos boas terras para podermos construir a “nossa” casa (seja lá isso o que for), qualidade de vida é termos belos locais e magnificas paisagens para visitar e contemplar…

Pensem nisso…



Friday, January 15, 2010

Sabe bem...


Sabe bem…


Sabe bem saber que há pessoas que se emocionam ao ler o que escrevo, que há pessoas que se emocionam ao ler, aos seus familiares, o que escrevo sobre eles…


Sabe bem aguardar quinze dias para colher o fruto de um trabalho muitas vezes tido como menor ou menos importante, mas que de dia para dia ganha solidez e consistência…


Sabe bem conversar com certas pessoas, observar e aprender com mais umas quantas e, de vez em quando (embora não seja esse o factor principal), ouvir um obrigado por aquilo que se escreveu…


Sabe bem procurar novas escapatórias para um projecto que, cada vez mais, aprendo a gostar e que me dá razão quando escolhi este como o meu futuro profissional…


Sabe bem, ainda que não tenha percebido se era a sério ou não, ser apelidado de “Vítor Serpa”, ainda para mais, tendo em conta as novidades que tenho procurado introduzir…


Sabe bem…


“Só” por isso, obrigado chefe…pela oportunidade de embarcar no seu sonho, pela confiança e por me deixar fazer o que gosto…


PS – Sabe bem ter alguém a meu lado que percebe, compreende e aceita alguns horários mais estranhos e menos convenientes…Amo-te Di !