Friday, May 29, 2009

Angel...

Esta música surge hoje sem motivo nenhum em especial…

Adoro esta música. Por várias razões e mais algumas, mas essencialmente por estar ligada a um dos meus filmes favoritos e por estar ligada a uma das minhas facetas desconhecidas do grande público…A qual, e por razões mais do que óbvias, permanecerá oculta…

Apreciem a música, a melodia, a letra, a voz da intérprete…Encostem-se na cadeira, no sofá, refastelem-se na cama ou no divã, como queiram, e sintam uma das músicas que mais me encanta…

Espero que possam gostar tanto como eu…


Escrever...


Há muito que não sentia tanta vontade de escrever. Não sei bem sobre o quê, ao certo, mas hoje sinto que devo sentar-me em frente ao écran do PC e teclar, teclar, teclar até sentir os dedos dormentes…

A contrastar com este desejo de escrita estão as cantorias. Ultimamente tenho perdido o gosto pela música, pelos karaokes, pelas cantorias. Já não me dá gozo ir a um karaoke. Mesmo que estejam presentes os verdadeiros amigos entretanto criados nesse ambiente tão especial que é o do karaoke…

Mas não é bem sobre isso que me apetece escrever. Até porque não há, pelo menos até este ponto, uma razão aparente para ter perdido o desejo de cantar. Talvez seja algo passageiro, não sei. Mas também não estou muito preocupado…

Se algo me preocupa? Sinceramente, não sei. Sinto-me algo estranho ultimamente. Sinto que, uma vez mais, devo regressar ao centro do meu mundo para poder avaliar o que se passa. Sinto uma enorme ânsia de me eclipsar, de me ausentar por tempo indeterminado desta Vida que não pode viver sem mim…

Não, não quero fugir, nem quero deixar de viver. Apenas desejo regressar aos primórdios, aos tempos em que sabia perfeitamente bem como e onde deveria fazer isto ou aquilo. Algures, a meio do caminho, deixei de perceber o caminho e isso, meus amigos não pode ser…

Daí querer me eclipsar. E não me refiro à junção do Sol com a Lua. Isso não é para aqui chamado…

Falo, isso sim, de um eclipse que possa ser, momentaneamente, dinamizador e apaziguador. Dinamizador de energias e apaziguador de alma, mente e coração…

Porque, e de outra forma, não poderei mais aspirar ao que sempre aspirei…

Não sei se era sobre isto que queria escrever, mas foi o que me saiu…Apenas e só porque me apetecia escrever…

Indagações...


Por vezes indago-me…

Acerca do porquê de certos e determinados acontecimentos, de certas e determinadas coisas. Não que isso os torne automaticamente mais nítidos, mais perceptíveis, mais aceitáveis. Mas o esforço desenvolvido aquando dessa indagação tem o seu quê de libertador, de apaziguador, de retemperador…

Por vezes indago-me…

E não raras vezes dou comigo a indagar sobre algo que, outrora, definira com “não-indagável”. Bem sei que tudo (ou quase tudo) é passível de ser pensado, analisado, indagado, etc., mas também sei que nem sempre ousamos fazê-lo. Quiçá com medo de algo. Quiçá com medo de alguém. Quiçá com medo de nós próprios…

Por vezes indago-me…

Assim, do nada, de livre e espontânea vontade. No meio de tudo e no meio do nada. Por tudo e por nada. Umas vezes sem razão aparente e outras vezes aparentemente sem razão…

Por vezes indago-me…

Procedo, dessa forma, a um dos processos mais complexos e extenuantes do ser humano, mas, e ao mesmo tempo, a um dos mais reveladores quanto ao carácter do Homem. Talvez por isso indague cada vez mais. Acerca de mim, acerca do Mundo, acerca da Vida. O que, e curiosamente, não me deixa mais esclarecido, mais descansado ou mais ciente do que se passa à minha volta…

Mas, e disso não tenho a mais pequena dúvida, deixa-me mais preparado. Para a vida, para o mundo. Para a certeza mais do que certa de toda a incerteza certamente presente no futuro que me aguarda, que me foge, que me persegue, que se afasta, que se esconde, que se dá a conhecer…

Por vezes indago-me…

E dou comigo a escrever textos como este, em que pareço não falar de nada (e às tantas até nem falo), mas em que até disserto qualquer coisa sobre o que, para muitos, é senso comum, mas que na verdade é uma espécie de Caixa de Pandora…

Por vezes indago-me…

Como agora…Como ontem…Como hoje…E, espero eu, como amanhã…

Tuesday, May 26, 2009

Está na hora do casulo...


Está na hora do casulo…

Todos nós, em algum momento das nossas vidas (ou em vários, consoante as diferentes personalidades), sentimos a necessidade de nos fecharmos sobre nós próprios, de pararmos para tomar consciência sobre certos e determinados factos que não detectamos no dia-a-dia, seja por inércia, seja por ineficácia…

Todos nós, pelas mais distintas e variadas razões, nem que seja apenas uma vez na vida, sentimos uma estranha necessidade de isolamento, de refúgio, de hibernação, de ostracismo, sei lá…

Todos nós, sem excepção, precisamos de um certo tempo para nós próprios. Para arrumar as nossas ideias, para limpar as nossas mentes, os nossos corpos, as nossas almas. Para termos noção das realidades, das irrealidades, das “surrealidades”, dos labirintos, dos abismos, dos precipícios, das pedras, dos caminhos, dos rios, dos céus, dos mares, enfim, de tudo…

Pois só assim se pode crescer. Só assim se pode chegar mais além, fazer aquele forcing final tão importante para quem quer, realmente, chegar mais longe, conhecer horizontes infinitos e insondáveis…

Creio que chegou a minha hora. Alguém me disse que devo olhar para mim e ver como me estou a portar, pois daqui a uns anos poderei me desiludir por não ter sido capaz de ser aquilo que fiz os outros crer que eu era (sendo-o, de facto), situação que os levará a sentir-se enganados e que os fará perder a confiança. Em mim, neles, na vida, em tudo…

E não é devido a essas palavras que decido escrever este texto. Os últimos dias têm sido essenciais para isto, para esta tomada de decisão…

Está na hora do casulo. Do meu casulo. Da minha hibernação. Do meu ostracismo. Do meu isolamento. Da minha clausura…

O que me alegra é que nada disto é imposto. Pelo menos não por ninguém externo a mim. Sou eu que quero fazer isto, que quero seguir este rumo, este caminho, esta direcção…

Deixarei, não sei por quanto tempo, alguns dos hábitos adquiridos recentemente. Tem que ser. Vai ser. Melhor ainda: eu quero que assim seja…

Despeço-me de algumas partes do Mundo com um até já ou um até breve. A outras partes digo mesmo adeus, já é hora. O olá e o bom dia ficam para o meu regresso…

Sim, porque ele vai acontecer. Cedo ou tarde, mas vai…

Está na hora do casulo…

Friday, May 22, 2009

Ora...


Há muito que não escrevia neste meu cantinho. Primeiro foi o problema no portátil, depois vieram algumas situações pessoais mais complicadas e por último o novo trabalho…

Os últimos tempos têm sido mais agitados do que o habitual. Ao fim e ao cabo, tanta coisa se passou que prefiro não estar aqui a explanar todas as situações entretanto ocorridas…

Fica apenas o registo de que estou de volta, creio eu, à minha escrita e ao meu blog, este pedaço de mim que tanto me orgulha e que me faz crer que vale a pena continuar a escrever…

Quanto mais não seja para desabafar e para dar a conhecer um pouco mais de mim…já que a nível humano e pessoal começo a achar difícil que tal aconteça…

Wednesday, May 06, 2009

A palma e a mão...


Eis mais uma bela música de João Pedro Pais…

Espero que gostem…

Friday, May 01, 2009

Momentos...


Há momentos assim…pedaços de tempo perdidos no espaço, pequenas peças de uma partitura inacabada e por acabar, ligeiros fragmentos de uma armadilha nunca desarmada e sempre pronta a se activar…

Há momentos assim…em que passado, presente e futuro se fundem e se misturam qual aguarela infantil, não deixando antever que dentro de cada ser corre e discorre um sentimento demasiado frágil, demasiado febril….

Há momentos assim…em que tudo só faz sentido quando não devia nem podia fazer, dando a conhecer novas e desconhecidas dimensões acerca do que realmente é o querer, o poder, o ter…

Há momentos assim…em que um olhar transparente suplica por um abraço, em que lábios sedentos de prazer incitam a que se unam os corpos, para que depois ambos possam perceber as saudades que sentiam daquele outro regaço…

Há momentos assim…em que o mais puro e belo prazer é também a mais doce e verdadeira tortura…momentos em que pensar que tudo é ou foi em vão mais não é do que a mais perfeita e audaciosa loucura…

Há momentos assim…