Thursday, December 31, 2009

Mais um que vai, mais um que vem...


Mais um ano que finda e com ele alguns sonhos, algumas ambições. Mais um ano que finda e com ele algumas páginas das histórias pessoais de cada um de nós, de cada um dos seres humanos que habitam este planeta…


O término de cada ano implica, ou pressupõe, um balanço, uma espécie de análise mais ou menos bem conseguida, em que cada um de nós consegue resumir o que de bom ou mal teve, viu ou experienciou ao longo de 365 dias…


Não querendo ser excepção à regra, até porque este foi “só” o ano mais difícil da minha vida, creio ser importante delinear, aqui mesmo, alguns dos momentos mais marcantes do meu 2009…


Como tal, e sem ser demasiado específico, o ano que agora termina fica marcado pela perda irreparável e “inimaginavelmente” dolorosa de alguém que era mais do que um familiar, de alguém que era mais do que uma amiga, de alguém que era mais do que um exemplo e uma bênção. Mãe…sei que sabes como estou, como estamos. Sei que sabes de onde viemos e para onde vamos. Se que sabes que sim, que nada mais há de importante do que aquilo que me ensinaste, do que aquilo que vi e vivi contigo, a teu lado e ao lado daqueles que amo mais que tudo. Por isso, por tantas outras coisas e por outras ainda que talvez só mais lá para frente saberei vir a dar valor, obrigado. Não me deste só uma vida, deste-me várias…


Felizmente que outras coisas houve que me ajudaram a suportar este episódio, mesmo que não me tenha ainda dado a oportunidade de parar e encaixar tudo, definitivamente…


Assim sendo, e porque nunca é de mais agradecer a sorte que se tem, quero deixar aqui uma palavra de estima, de apreço e de consideração àqueles que mais souberam suportar a dor dos meus murmúrios calados, que melhor souberam interpretar o que sempre disse em todos os meus silêncios e pausas. Sem qualquer tipo de ordem ou preferência, Pereira, Mónica & Ricardo, obrigado por tudo. Quis Deus que fossem vocês os “muros” da minha lamentação. Quis Deus que fossem a acartar com alguns dos meus fardos, com algumas das minhas cargas. “Só” por terem estado mesmo quando não queria ninguém a meu lado, obrigado, do fundo do coração…


Seguem-se os dois homens da minha vida. Pai e Irmão, sois tudo para mim, sois os pilares que restam do mais belo e magnífico projecto que, certo dia, a mais brilhante arquitecta de sempre desenhou. Foi ela que nos juntou e é por ela, sempre por ela e com ela, que nos devemos e nos vamos manter unidos. Contra tudo e contra todos…


Outras pessoas houve que, em certos momentos da minha vida, trouxeram alguma luz à minha vida, mostraram o caminho a seguir e o rumo a tomar quando me encontrava desorientado e sem qualquer espécie de sentido ou lógica. A vós, o meu mais sincero obrigado…


Por último, e porque não poderia ser de outra forma, quero agradecer a alguém que me proporcionou de tudo um pouco ao longo deste ano. Mas acima de tudo, porque me ofereceu a mais bela e valorosa das prendas que um homem pode querer: a possibilidade de vir a ser pai…


Di, ao fim e ao cabo, e depois de tanto que já se passou, volto a frisar algo já por mim afirmado: aconteça o que acontecer, já valeu a pena. Porque contigo aprendi que a eternidade existe. No calor de um abraço, na suavidade de um toque, na doçura de um beijo, no silêncio de um olhar. Em tudo, e muito mais, ajudaste-me a alcançar níveis extraordinários de felicidade, de paz, de equilíbrio. Hoje, e depois de perder tudo o que perdi, sei que, aos poucos, posso vir a ganhar alguma coisa, pois poderei fazer por alguém o que também fizeram comigo. Poderei amar incondicionalmente, poderei cuidar, poderei proteger, poderei ensinar, poderei abraçar, enfim, poderei dar continuidade aos que me trouxeram ao mundo e tanto, tanto me deram…


Amo-te mais que tudo. Amo-te como te amo, desta forma tão minha, tão tua, tão nossa…


A todos vós, muito obrigado…


A todo o Mundo, que 2010 seja bem mais do que pensam e desejam. Não porque desejem pouco, mas porque merecem muito…


Feliz Ano Novo…


PS – Mãe, estiveste e estás em tudo o que faço. Sei que és responsável por tudo de bom em mim e nos nossos. És A Luz…

Tuesday, December 22, 2009

Uma alma maior que o Pão de Açúcar...


Uma vez mais sinto orgulho. Orgulho em ser brasileiro…


Estava a viajar pela Internet quando me deparei com esta notícia, que relata um discurso muito bem-disposto do Presidente do Brasil, Lula da Silva…


Muitos não sabem a origem deste homem, nem a história que ele próprio escreveu ao longo dos anos em que tem estado à frente do governo brasileiro. Polémicas à parte (e não há político que não se veja envolvido em um ou outro problema mediático), Lula da Silva é, actualmente, o rosto mais visível e que melhor espelha o que é ser brasileiro, o quão grande é o nosso povo. A notícia que a seguir deixo transcrita é, sem sombra de dúvidas, um exemplo claro da capacidade e da ambição de um país ainda jovem, mas com um grande futuro à sua frente…


A terminar, a frase desse discurso “ Temos uma alma do tamanho do Pão de Açúcar”…


“O presidente do Brasil, Lula da Silva foi protagonista de um discurso pleno de bom humor, onde relatou com pormenores os momentos decisivos na atribuição dos Jogos Olímpicos de 2016 ao Rio de Janeiro. Tudo aconteceu na cerimónia «Prémio Brasil Olímpico» e as palavras de Lula da Silva deixaram a plateia bem-disposta.


«O pessoal dizia: «Imagina se o Brasil vai ganhar. Madrid é muito mais bonita, uma cidade fantástica, olha Madrid, tem não sei quantos mil anos. Até os mouros já ficaram em Madrid. Tóquio? Imagina, o imperador está lá em Tóquio, o Brasil vai ganhar a Tóquio? O Brasil não se enxerga? Vai disputar com Chicago? Não sabe que Chicago é a terra do homem [Obama]?» Eu fui ficando nervoso», começou por dizer o presidente brasileiro.


Lula da Silva comparou ainda a forma como foi recebido em relação a Barack Obama, presidente norte-americano que apoiava a candidatura de Chicago: «A televisão mostrou o avião mil vezes mais do que me mostrou quando eu cheguei. E a mulher do homem estava lá. Não dava para mandar buscar a Marisa [esposa de Lula] porque o meu «Força Aérea» tem que parar muitas vezes. O «Força Aérea One» vai uma vez só, o meu vai de picote.»


«Descobri que nunca vou morrer de enfarte»


A hora dos discursos foi também lembrada por Lula da Silva: «Ouvi todos esses meninos (os políticos) falando inglês, numa chiqueza... até achei que estava sendo enganado. Alguns até falaram inglês, francês, espanhol, queriam falar até russo. Se a gente vacilasse ele falava mandarim também.»


Quando o Rio de Janeiro ficou para a fase final juntamente com Madrid, o presidente confessou que ainda ficou com dúvidas, porque lhe tinham dito que havia «um dirigente» muito importante que podia ajudar a candidatura espanhola. «Era o [Juan António] Samaranch, que está lá há 140 anos», ironizou, para depois completar a brincadeira: «A minha sorte era que a somatória de idade do João Havelange e do Nuzman dava mais do que a idade dele.»


Lula da Silva afirmou ainda que, quando foi anunciado o vencedor, descobriu que nunca vai «morrer de enfarte», e terminou lembrando que o Brasil e o povo brasileiro não é inferior a ninguém: «Nós somos seres humanos iguais a eles. Temos boca, temos perna, temos orelha, temos cabeça igualzinho-umas mais chatas, outras mais loiras. Mas temos uma coisa que eles não têm. Temos uma alma do tamanho do Pão de Açúcar.» “


- Notícia publicada em www.maisfutebol.iol.pt


Monday, December 21, 2009

Uma imagem vale mais do que mil palavras...


...já dizia o sábio...

Monday, December 07, 2009

Hoje...



Não são poucas as vezes em que dou comigo a pensar em algo novo, em algo diferente e suficientemente bom para poder dar conta daquilo que me une a ti, daquilo que sinto por ti…


Não são poucas as vezes em que procuro investir o meu tempo na procura da “prenda” certa, da surpresa indicada ou de algo que seja algo mais, algo que possa atestar, fidedignamente, o quanto te amo, o quanto te quero, o quanto me completas ou me fazes feliz…

Porém sei que nem só de grandes gestos e grandes atitudes vive um amor. Aliás, segundo a minha sábia mãezinha (saudades…), o amor vive de pequenos gestos, de pequenos “tudos” e pequenos nadas. O amor assenta as suas fundações em pequenos pormenores que assumem grande importância. O amor, além de ser convivência e de se estabelecer, crescer, desenvolver e afirmar através da convivência, o amor também é a “coisa” mais simples do mundo…

Não acreditam? Então reparem nisto: amamos porque amamos. Amamos porque sim. Amamos porque algo em nós se transforma, se modifica e se completa de uma forma que não pensamos ser possível. Amamos porque encontramos, algures em nossas vidas, alguém que se destaca no meio de uma multidão, alguém que fala mais no silêncio de um olhar do que todos os grandes oradores da História juntos. Amamos porque passamos a ter alguém connosco que, independentemente das amarguras ou das armadilhas da Vida, sente a nossa dor, partilha as nossas mágoas e alegrias, alguém que com o mais pequeno beijo ou suave toque é capaz de nos apaziguar no mais profundo das nossas almas…

Amamos porque amamos, porque amar é isso mesmo, amar sem se poder definir exactamente o que é o amor. Amamos porque aprendemos a ser unos, a partir da premissa de que são precisos dois para podermos ser um. Amamos porque amar é a única forma que temos de ser e de estar com que amamos realmente, com quem amamos, de facto, sem objecções ou contrapartidas…

E hoje, mais do que ontem e, seguramente, menos que amanhã, eu amo alguém. Alguém para além do meu pai e do meu irmão. Amo alguém que merece todos os minutos de atenção, todos os gestos de carinho, todos os segundos de preocupação com o seu bem-estar. Alguém que amo por amar, por sentir que nos é e nos está intrínseca esta forma de ser e de estar um com o outro, um para o outro, um pelo outro…

Hoje, amo alguém. Amo-te a ti, Di…