Back to soccer...
É curioso como cada vez mais constato que toda a Humanidade parece andar à procura do mesmo. Falo, como não poderia deixar de ser, do Amor...
Is there a boundary which delimitates where a person should, or should not, take a chance when it comes to love? How can one knows what’s the proper timing, when to go for it?
Ontem fui acossado por um estranho sentimento. Um sentimento que não se pode descrever, um sentimento que não se pode, porque não há como, relatar. Ontem fui espectador atento num palco especial, num palco mítico e místico. Um palco pequeno em tamanho, mas infinito em sensações. Vozes cantavam, mas quem voava eram os corações. Os mesmos que sabiam cada acorde, os mesmos que reconheciam cada refrão como se fossem de sua autoria.
É fim-de-semana. Há pessoas que regressam aos lares, há pessoas que procuram outros caminhos, há pessoas que não regressam nem procuram nada, e há pessoas que, sem motivo aparente, reúnem-se e juntam-se. Agrupam-se e manifestam as suas opiniões. Falam, debatem, discutem e opinam. Por tudo e por nada. Sobre o tudo e sobre o nada. Argumentam em prol da vida tão ardentemente como desejam afastar a morte. E no final, eis que tudo se falou e nada se discutiu. Tudo se tocou, mas quase nada se sentiu. Não critico. Afinal sou, fui e serei parte integrante deste tipo de ajuntamentos. Aliás, sou apologista e forte incentivador deste tipo de situações. Mas quero mais. Preciso de mais. Porque há conversas que precisamos, nós, seres humanos, de ter. Porque há sensibilidades que se devem tocar e há susceptibilidades que se devem ferir. Pelo bem da vida, pelo bem do progresso humano e pelo desenvolvimento intelectual de cada um de nós... Há conversas que nos escapam por sob os dedos. Há coisas que não ousamos falar porque pura e simplesmente não sabemos, ou queremos, quebrar tabus. Há quem não aceite que a morte é uma passagem para outra fase melhor, mais pura e elevada da própria vida. Há quem não aceite que se morra feliz, caso assim tivesse de ser, aos 26 anos. Há quem se recuse a se auto-definir (sim, eu mesmo...). Há quem não saiba como ou por quem se daria a vida. Há quem não ouse discutir o Amor enquanto força motora de tudo quanto é vida. Há quem isto e quem aquilo...E no fundo, de que vale tudo isto? De que valem estas conversas? De que valem as caminhadas? De que valem as idas a becos recônditos em busca do néctar dos deuses? De que vale a sobreposição de vozes em catadupa? Sinceramente, vale muito. Muito mesmo. Vale muito, pelo menos para mim. Porque assim cresço, conheço e percebo melhor o ser humano. Ou melhor, tento perceber melhor o ser humano. Acho que nunca irei compreender totalmente esse animal que nós somos. Mas pronto, ainda não é hora disso. O que importa é que nas conversas podemos ler nas entrelinhas. Nas conversas podemos sentir um pouco do aroma e da essência de cada um dos intervenientes. Nas conversas encontramos vestígios das nossas raízes e das marcas que outros deixaram em nós. Nas conversas podemos decifrar a mais frágil das almas e o mais destemido dos seres. Nas conversas podemos alcançar o limite do ilimitado, podemos indagar e ser indagados. Nas conversas podemos até conquistar o olhar de quem evita olhar para nós. Nas conversas vemos o reflexo do que somos, fomos e poderemos vir a ser... Mas, e porquê só ao fim-de-semana? Falta de tempo? Ou falta de gestão de tempo? É certo que dormir é saudável e indispensáel, mas será assim tão importante dormir 10, 12 ou 14 horas por dia? Para quê? É no onírico que pensam encontrar as respostas para a vida? Se assim fosse, haveria um 11º mandamento a dizer "Dormitai o máximo que puderdes, pois no sono encontrarão o caminho para os segredos da vida"...Qual a mais valia de horas e horas enfiadas numa sala, num escritório, etc? Enfim, se eu soubesse a resposta a tudo isto, talvez não estivesse para aqui a dialogar sozinho, a debitar estes pensamentos na blogosfera à espera, ou não, que alguém se decida importar e fazer desta minha luta, a sua luta. Não é que esteja à espera disso...Aliás, neste momento não espero nada. Mas gostava que houvesse mais gente a preocupar-se com a desumanização da Humanidade. Gostaria que os Telejornais abrissem os seus noticiários com notícias do género "Interacção pessoal e debate livre de ideias passa a ser ensinado desde o 1º ciclo". Ou "Governo prepara nova legislação sobre pensamento livre"...Seria muito bom. Muito bom mesmo. Não para mim, é claro. Aliás, também para mim, é óbvio. Mas seria a Humanidade a principal vencedora. Pois é através do confronto de ideias que se avança. Na vida, na ciência, na política, no amor, etc...Mas falo de um confronto de ideias são, claro, desprovido de interesses e de jogos, joguinhos e joguetes. Falo de um confronto de ideias à Sócrates (o filósofo, como é óbvio), à Platão, à Descartes, à Karl Marx, à Che Guevara...à Laurindo Filho*...Falo de um confronto de ideias em que tudo é passível de ser aceite e em que nada deve parecer absurdo. Só assim poderemos evoluir. Só assim poderemos almejar alcançar um estado mais avançado em termos intelectuais, mentais e espirituais. Não sejamos tacanhos ao ponto de não aceitar o que desconhecemos. Não sejamos patêgos ao ponto de menosprezar esta ou aquela teoria menos visada, conhecida ou divulgada. Até porque nem todos podem ter o mesmo conhecimento. No fundo, e agora que estou prestes a concluir esta minha tese, digamos assim, páro, leio e releio tudo o que para trás deixei escrito, e só me apraz comentar o seguinte: Bah, isto são só conversas... PS- Percebem? |
* Não levem a mal, mas eu sei o porquê de ter dito e escrito isso...e um dia vocês também saberão...
Diz o ditado popular que "Quem espera sempre alcança". E porque a voz do Povo é a voz de Deus, sinto-me na obrigação de vir dar a conhecer o exemplo de duas pequenas jovens que resolveram alcançar, mesmo depois de muito esperar.
As meninas das fotos, Benni e Noddy, são o motivo deste post. Há muito que ambas perseguiam o sonho de mudar de licenciatura na ESEC. Entraram ambas o ano passado em ASE, mas desde sempre pretenderam ingressar em LGP e tudo fizeram para conseguir a transferência de curso. O ano passado tal não foi possível, mas nem por isso deixaram de perseguir o seu objectivo.
E este ano voltaram à carga. Só as pessoas mais próximas delas sabem o quanto a mudança de curso lhes iria satisfazer e realizar. Afinal, era um sonho que ambas acalentavam. E ainda que a espera pelos resultados finais tenha sido exasperante, foi com agrado, orgulho e satisfação que soube que elas conseguiram mudar para o 1º ano de LGP.
A ambas, por terem sido sempre umas afilhadas presentes (mais do que eu como Padrinho...e já agora, as outras afilhadas que não me levem a mal este post, mas vocês sabem que também vos adoro), por terem alcançado o vosso objectivo e por me ensinarem que vale a pena correr atrás de um sonho, os meus mais sinceros parabéns. É sempre bom ver que há sonhos que se realizam, que há metas que se alcançam só porque persistimos e porque batalhamos. Nesse aspecto, tal como em mais uns quantos, sois um exemplo aqui para o Velho.
E muito obrigado por me ajudarem a continuar a acreditar que quem espera sempre alcança...
Pois é, caríssimos...